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Especial Harry Potter: Prisioneiro de Azkaban

Harry Potter and The Prisioner Of Azkaban 5

Postado por: Yuri Hollanda
Considero Prisioneiro de Azkaban o livro mais importante de Harry Potter, no sentido introdutório. É o livro mais sombrio, então nos prepara para o que a série irá trazer no final, é o livro que começa a revelar um pouco da morte do Pai e da Mãe de Harry, Lílian e Tiago, é o livro em que sabemos também do passado de Tiago Potter, e sua relação pouco amistosa com Severo Snape, e o passado sofrido do professor também é um pouco pincelado (temos muito mais informações sobre Snape em Ordem da Fênix e Relíquias da Morte). É o meu segundo livro favorito da série, por isso escolhi-o para falar sobre. Pra mim, ele tem o teor de essência mágica que os outros não tem. Ele tem aquele gosto amargo, de algo pesado vindo, e eu particularmente adoro isso em Harry Potter. O mistério, o princípio de tensão que nos esperava em Relíquias da Morte.

O lado sombrio do livro está presente logo na capa. Embora os rostos de Harry e Hermione estejam com um sorriso, o ambiente é todo azul e roxo, cheio de informações, como todas as capas de Harry Potter.

4992 Na parte extrema esquerda, podemos ver a Cabana de Hagrid, o patrono de Harry, o Cervo, mais adiante, vemos o Salgueiro lutador, e embaixo, a silhueta do lobisomem (totalmente diferente do lobisomem dos filmes, que particularmente, prefiro). Passando para o meio, na parte inferior, temos o Sinistro correndo (embora ele seja um pouco mais claro do que descrito nos livros). Temos um pedaço da torre mais alta de Hogwarts, onde vemos quatro Dementadores rondando o prédio, na janela temos a silhueta de Sirius Black preso, com o letreiro-título 'And the prisoner of Azkaban'. Vemos Bicuço sendo conduzido por Harry e Hermione, e na extrema direita temos Perebas/Pedro Pettigrew, numa sombra muito bem arquitetada para parecer ameaçador.
É bom mostrar que, por incrível que pareça, na capa não é lua cheia, e há Lupin transformado em lobisomem. Um erro drástico, porém não muito percebido.

Quando vejo entrevistas de J.K Rowling falando que Prisioneiro de Azkaban foi o livro mais fácil de se escrever, eu realmente fico abismado. O livro é, como todos, extremamente bem escrito. Quando você o lê depois de um tempo, você percebe cada coisa interessante. Como logo na primeira página ela cita O livro HISTÓRIA DA MAGIA, escrito por Batilda Bagshot. Esse livro, como todos sabem, viria a ser um dos protagonistas de um dos capítulos mais sombrios de toda a série, presente em Relíquias da Morte. Um dos meus trechos favoritos de Prisioneiro de Azkaban está presente na página 33, e é o 3º parágrafo:
“Um formigamento estranho na nuca o fizera sentir que estava sendo observado, mas a rua parecia deserta e não havia luz nos grandes prédios quadrados [...] - Lumus – murmurou Harry, e apareceu uma luz na ponta da sua varinha, [...] e Harry viu, com muita clareza, os contornos maciços de alguma coisa muito grande com olhos enormes e brilhantes.”

Essa é, se repararem, uma das primeiras aparições de Sirius Black nos livros. Não como Sirius, e sim como Almofadinhas. Percebemos, assim, que ele já estava protegendo Harry desde que conseguiu sair de Azkaban. Mas J.K deixa o leitor pensar, desde as primeiras páginas, quando Harry pega o noitebus andante, e lê no Profeta Diário que Sirius assassinou treze pessoas com único feitiço, e que era um partidário de Voldemort, que Sirius Black é o vilão da história, e um assassino extremamente cruel. Mais pra frente, ainda temos que aceitar o fato de que Black está atrás de Harry. A imagem que pintamos nas nossas cabeças é de que Black é a coisa mais assustadora que esses livros já nos mostraram, Prisioneiro inteiro tem uma atmosfera terrível, infeliz, sombria, e passa a sensação de perigo constante que, acredito, J.K queria passar. Fico incrivelmente feliz quando vejo o filme e consigo sentir a atmosfera sombria do livro. Prisoneiro de Azkaban, pra mim, conseguiu honrar sua obra original como nenhum outro filme da saga fez. Não é tão fiel assim, ignoraram partes extremamente importantes da história que com o tempo foram tomando formas com os outros filmes, mas mesmo assim, é o filme que me fez ficar mais satisfeito, que me passou mais sensações. Não que os outros não tenham feito isso. As várias mudanças importantes de livro para filme são, como por exemplo, as inúmeras vezes que Harry é atormentado pela imagem do Sinistro. No filme, se não me engano, aparecem apenas duas vezes (no começo, e no jogo de quadribol, o que não é pouco para um filme, compreendo isso), enquanto no livro aparecem quatro. No começo, na loja onde Harry vai comprar os livros, no jogo de quadribol (no livro Sinistro aparece como o cão mesmo, e não em forma de nuvem, como vemos no filme), e durante um passeio com Rony e Hermione a noite em Hogwarts. Como dito antes, a sensação de perigo constante está presente nas duas obras (livro e filme).

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Harry Potter and The Prisioner Of Azkaban
Nesse poster final de Prisioneiro de Azkaban temos uma quantidade enorme de artefatos do filme: O trio principal, bichento, Sirius Black lá atrás, o mapa do maroto, Hogwarts, a placa de Azkaban, embalagens de sapos de chocolate, O Vira-Tempo, a mão do Dementador, placas de "Procurado" de Sirius Black.
Outra mudança drástica está em como as lembranças da noite em que os pais de Harry morreram aparecem quando ele é atacado por Dementadores. No livro, Harry escuta Lílian implorando para Voldemort não matar Harry, Voldemort rindo enquanto lança o Avada Kedavra, e Tiago mandando Lílian subir as escadas, tentando distrair Voldemort para ela fugir com o garoto. No filme é apenas um “Harryyyyyyyy” agudo. O que é muito difícil me conformar, e não ficar um pouco chateado quando vejo o filme, é a ausência do atentado que Sirius Black faz a Rony na madrugada no dormitório masculino. Essa é uma das minhas partes favoritas no livro, e como sempre, cortaram no filme! É simplesmente aterrorizante a idéia de que Sirius cortou as cortinas do melhor amigo de Harry, com um facão, e que desapareceu assim que ouviu os gritos. Mais tarde sabemos, é claro, que o que Sirius queria era Perebas. As dicas que J.K Rowling dá do desfecho do terceiro livro, também desde o início, são surpreendentes. Constantemente Rony fica surpreendido com os horários de Hermione, tendo assistindo a duas matérias diferentes que, estranhamente, eram no mesmo horário. E Hermione também tem algumas ausências inesperadas, e inúmeras conversas com a Profª McGonagall. As dicas da verdadeira personalidade de Perebas também estão muito presentes. Logo no início, Harry percebe que Perebas está extremamente magro, e no decorrer do livro o rato fica pior. Bichento também reforça isso, perseguindo o gato constantemente e tentando matá-lo. Como disse no começo, Prisioneiro de Azkaban é o livro, para mim, mais importante por introduzir o plot mais significativo da série: A profecia que liga a vida de Harry e Voldemort. Em Prisioneiro, temos as primeiras dicas de como seria essa sangrenta batalha que Harry teria que enfrentas mais intensamente a partir do 5º livro. Página 261:

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“Vai acontecer hoje à noite” Harry se virou depressa. A professora ficara dura na cadeira, seus olhos estavam desfocados e sua boca afrouxara [...] “O Lord das Trevas está sozinho e sem amigos, abandonado pelos seus seguidores. Seu servo esteve acorrentado nos últimos doze anos. Hoje à noite, antes da meia-noite... O servo vai se libertar e se juntas ao seu mestre. O Lord das trevas vai ressurgir, com a ajuda do seu servo, maior e mais terrível que nunca. Hoje à noite... o servo... vai se juntar ao seu mestre...”

É a primeira certeza que temos de que Voldemort irá se reerguer. Lendo a profecia, tudo aponta para que Sirius Black seja o servo de Voldemort. “Acorrentado há doze anos”, Sirius esteve preso em Azkaban doze anos. Mas também, mais tarde, percebemos que tudo aponta também para Pedro Pettigrew. Ele esteve transformado em rato há doze anos, acorrentado a essa maldição de ter que se tornar um animal para se esconder. É o livro também que nos deixa a fazer inúmeras teorias: Voldemort iria ressurgir mesmo? Qual seria o destino de Harry? Quem mais trairia Harry no decorrer dos livros? E Lílian e Tiago, porque morreram, e Harry não? Todas essas perguntas seriam respondidas no decorrer dos últimos quatro livros.
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Uma das partes que nos fazem ficar mais sentidos quando lemos Prisioneiro de Azkaban depois de lermos a série inteira, está presente na página 232, onde temos um diálogo incrível entre Harry e Snape, e ele pega o Mapa do Maroto do menino para poder ver. No filme há apenas “O Sr. Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas, apresenta seus cumprimentos ao Prof. Snape e pede que ele não meta seu nariz anormalmente grande no que não é da sua conta.” É engraçado, é leve... mas no livro, as coisas mudam um pouco de quadro. Quando você sabe que Tiago, Sirius, Remo e Pedro que fizeram o Mapa, e que escreveram os insultos, você percebe que eles não eram tão ‘gente boa’ na adolescência, como são agora. Os insultos continuam, e são um tanto quanto pesados:
“O Sr. Pontas concorda com o Sr. Aluado e gostaria de acrescentar que o Prof. Snape é um safado mal acabado.” “O Sr. Almofadinhas gostaria de deixar registrado o seu espanto de que um idiota desse calibre tenha chegado a professor.” “O Sr. Rabicho deseja ao Prof. Snape um bom dia e aconselha a esse seboso que lave os cabelos.”
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O mapa do maroto, criado por Tiago, Sirius, Remo e Pedro quando eram jovens e formavam o quarteto de melhores amigos que aprontavam muito em Hogwarts

No final Lupin conta mais sobre o passado dos quatro amigos baderneiros que praticavam o que chamamos hoje de um certo ‘Bullying’ com Snape. Em Ordem Da Fênix somos mais aprofundados nisso, claro. Página 284
“Eu ainda era garotinho quando levei a mordida [...] Porém, antes da poção mata-cão ser descoberta, eu me transformava em um perfeito monstro uma vez por mês. [...] O Salgueiro Lutador foi plantado porque eu entrei em Hogwarts. Essa casa e o túnel que vem até aqui foram construídos para meu uso. Uma vez por mês eu era trazido do castelo para cá, para me transformar [...] Agora meus três amigos não puderam deixar de notar que eu desaparecia uma vez por mês [...] mas é claro que eles descobriram a verdade. E não me abandonaram. Em vez disso, fizeram uma coisa por mim que não só tornou as minhas transformações suportáveis, como me proporcionou os melhores momentos da minha vida. Eles se transformaram em animagos. [...] O Sirius aqui pregou uma peça nele [Snape] que quase o matou, uma peça que participei... Severo tinha muito interesse em saber aonde eu ia todo mês. Estávamos no mesmo ano, entendem, e não...hum... nos gostávamos muito.Ele não gostava nada de Tiago. Ciúmes, acho eu, do talento de Tiago no campo de quadribol... em todo caso, Snape tinha me visto atravessas os jardins com Madame Ponfrey certa noite quando ela me levava em direção ao Salgueiro Lutador para eu me transformar. Sirius achou que seria...hum... divertido, contar a Snape que ele só precisava apertar o nó no tronco da árvore com uma vara longa para conseguir entrar atrás de mim. Bem, é claro, que Snape foi experimentar, e se tivesse chegado até a casa teria encontrado um lobisomem adulto – mas seu pai, que soube o que Sirius tinha feito, foi procurar Snape e puxou-o para fora, arriscando a própria vida... Snape, porém, me viu, no fim do túnel. Dumbledore o proibiu de contar a quem quer que fosse, mas desde então ele ficou sabendo o que eu era...”

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Início de uma das sequências das incríveis de todos os filmes: Harry e Hermione voltam ao passado para salvar a vida de Sirius e Bicuço

Essa história toda dos marotos com Snape ficou de fora das adaptações, só vemos um pouco do que os Marotos afetavam Snape em Ordem da Fênix, porém muito mais no livro. Há outras coisas importantes no livro,claro, que não coloquei no texto, como por exemplo Harry e Hermione voltando no passado para salvar Bicuço e Sirius, a fuga de Rabicho, Harry conjurando o Patrono, e vendo a si mesmo... mas não pus, pois ficaria enorme. Mas garanto que todos já saibam disso. Não vivenciei o lançamento desse livro, mas tenho certeza de que os leitores que o fizeram, tiveram uma grata satisfação. É um livro incrível, com uma adaptação igualmente fantástica. Não tenho palavras para descrever o quanto amo esse livro, e quanto amo essa saga. Só o que nos resta agora é relê-los, e assistirmos aos filmes, porque assim teremos sempre eles guardados na memória.

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