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Crítica - Jogos Vorazes: Em Chamas


No novo volume da saga Jogos Vorazes, intitulado Em Chamas, a produção do filme trabalhou de um jeito incrível e avançaram notavelmente. O segundo filme adaptado da trilogia (que terá, nos cinemas, quatro filmes) trás a "heroína" Katniss de volta na pele de Jennifer Lawrence acompanhada de Josh Hutcherson no papel de Peeta, com um aprofundamento sociólogo muito maior que o primeiro, e com uma mensagem muito profunda que pode ser encaixada com um pouquinho de esforço e imaginação nos dias de hoje.



Quem espera ir aos cinemas assistir a Em Chamas com a pretensão de ver um filme com ação besteirol, bastante sangue e sofrimento como o primeiro foi, pode tirando o cavalinho da chuva. A série de livros avançou visivelmente com a história, tornando-se uma saga muito mais política do que um simples romance amoroso.

Porém na adaptação eles não deixam o romance de lado. Claro, focam na política, que é o assunto principal, mas os fãs da saga que não gostam do romance a la Crepúsculo, vão ficar um tantinho de nada decepcionados com esse volume.
A quantidade de beijos que temos nesse filme não é brincadeira. Frases de efeito amorosos um tanto quanto forçadas também são nos apresentadas nesse, e acabam enchendo o saco de muita gente, que como eu, esperava um resultado muito mais seco como o primeiro filme foi. Sem tocar no assunto romance. Aliás, pode até tocar, mas num nível certo, correto.
Outro itens como a total destruição de um dos "plots" do livro também vão chatear os fãs (para não dar spoilers, vou dar uma dica: casamento). E esse plot destruído também acarretou em uma mudança total na personalidade da personagem principal, que não condiz com nada do livro.

Na parte técnica Em Chamas mostra-se muito mais evoluído, visto que o orçamento do filme melhorou consideravelmente com o sucesso do primeiro. Criaturas bem computadorizadas, cenários e chrome keys bem colocados nos apresentam uma fotografia incrível de ser assistida, e uma trilha sonora que provoca a tensão necessária com o clímax (que demora muito para chegar).
Sim, o ritmo de Em Chamas não é lá essas coisas. Visto que eu, como fã, quase não estava aguentando o desenvolvimento do filme para chegar na parte que realmente interessa, fico imaginando os que não são. Provavelmente tirarão uma soneca até chegar o clímax. Não os culpo.

Jennifer Lawrence, que fez bastante barulho quando ganhou o Oscar, vem com uma atuação bem inferior a que já nos foi apresentada em outros filmes, chegando a ser algumas vezes um pouco forçada. Josh Hutcherson não evolui, se mantém no mesmo nível da sua atuação no filme anterior. O destaque quase maior que a da própria protagonista fica com a personagem de Jena Malone, Johanna Mason. A atriz arranca algumas gargalhadas com sua personagem atrevida, e uma atuação digna.

Quanto a fidelidade com o livro, toma bastante liberdade em algumas ocasiões, porém não vejo como um ato negligente, ou mal feito. Pelo contrário, foi extremamente necessário, visto que é perceptível a tentativa da produção de tornar o filme mais rápido que a obra original e mesmo assim ainda peca no ritmo.

Finalizando, Jogos Vorazes: Em Chamas, trás uma história muito boa sobre a política, que infelizmente não é muito apreciada, visto que é uma série direcionada para o público teen (e a maioria não liga para essa parte e sim para os atores bonitos, visto a gritaria em qualquer sessão que você vá).

A história é muito mais profunda do que é percebida a primeira vista. Lida com as estratégias de um governo corrupto, autoritário, que manipula tudo a sua volta, e esmaga as vozes de quem pelo menos tenta protestar quanto a isso. A mensagem trazida no livro, é transmitida com bastante fieldade para sua adaptação (ouso dizer que até melhor), e encerra a transição de uma fase para outra de um modo belíssimo.
Um ótimo filme, que embora tenha falhas, trás um grande entretenimento, e uma mensagem muito maior - em todos os sentidos - que seu antecessor.

Nota: 8/10


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nanomag

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