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Critica | Boyhood - Da Infância à Juventude


Esse foi um dos filmes mais falados dessa temporada de premiações, em especial por ter sido gravado durante 12 anos, algo ainda inédito para o cinema mainstream (eu acredito). E por esse motivo minhas expectativas do filme eram no mínimo medianas, já que era de se esperar que o filme valeria muito mais pela técnica usada pelo diretor que pelo roteiro realmente. E devo dizer que estava enganada, o filme se prova estar ao nível das críticas recebidas.

Boyhood foi escrito e dirigido por Richard Linklater (Antes do Amanhecer), e mostra o cotidiano de uma família norte americana comum, com suas dificuldades e momentos felizes, mas principalmente foca no crescimento de Mason (Ellar Coltrane) dos 6 aos 18 anos de uma maneira bem realista. Mais ainda, mostra o crescimento de todos em volta dele durante esses doze anos; de sua mãe, Olivia (Patricia Arquette), que tenta a todo custo criar um ambiente familiar estável para a família e não deixando que os erros que comete através dos anos a impedir disso; da irmã mais velha, Samantha (Lorelei Linklater), que contrasta tanto com Mason em personalidade; e do pai (Ethan Hawke), quem teve o amadurecimento mais tardio mas que, sem dúvida, evolui bastante durante esses 12 anos.

O crescimento de Mason é atingido por todos que estão em sua volta, das amizades que faz e desfaz, dos amores que encontra e dos casamentos de sua mãe. É um filme um tanto quanto filosófico, debate os propósitos que temos na vida como encaramos o nosso ciclo de vida, o velho estudar se formar, casar, ter filhos, e cria-los. A maioria dessas etapas estão presentes na vida de qualquer pessoa e o filme ilustra muito bem todas elas.

A capacidade que o filme tem de aprofundar os personagens é muito boa, de maneira sutil em cada mudança de ano percebemos como aquelas pessoas estão tentando lidar com aquela fase de suas vidas, melhor ainda é o cuidado todo com a trilha sonora que consegue representar muito bem cada mudança de ano. Além disso temos as referências culturais presentes no filme como os desenhos que passavam na tv e ou eventos históricos, é algo especial para qualquer um que, como Manson, cresceu na década de 90, é absolutamente fácil se identificar com algumas dificuldades que ele enfrenta. 

Esse não é um filme que chame atenção pela qualidade das atuações, nenhuma é realmente ruim mas nada muito incrível também, o ponto alto fica realmente para a direção e roteiro, que tornam o filme uma experiência nova e bem feita. A narrativa como um todo é muito boa, e o cuidado tido em representar a adolescência de maneira verdadeira é notável, Mason não é exagerado como é tão comum ver hoje em dia, Mason tem sim seus momentos rebeldes mas não mais do que qualquer adolescente, é muito claro o quanto o fato da mãe ser professora de psicologia influencia na maneira com que ele vê o mundo quando atinge os 17/18 anos, a forma com que ele indaga sobre a vida e como perdido ele está. Melhor ainda é como o filme mostra que todos os outros também estão, maduro ou não, os pais dele não tem mais noção do que ele próprio, todos tem que seguir em frente esperando fazer o melhor que podem.



nanomag

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