BREAKING NEWS
Search

Primeiras Impressões I Demolidor (2015)


(O Texto a seguir NÃO contém Spoilers)

Após muita espera e expectativa finalmente pude assistir a primeira metade de Demolidor (Daredevil), a primeira série da Marvel produzida e distribuída pela Netflix, e com base nos 6 primeiros episódios já dá para dizer que essa série é mais um acerto na lista do estúdio. O desafio de trazer esse universo violento do personagem para nossas televisões sem esquecer que outros filmes da Marvel estão ocorrendo por ai, é complicado, e diferente de Agent’s of S.H.I.E.L.D. ela sofre um pouco no processo e encontra o seu ponto de apoio ao utilizar o túmulo de uma grande batalha para justificar tudo que está ocorrendo em Hell Kitchen, que está tentando ressurgir das sombras dos acontecimentos que destruiram Nova Iorque ao final do primeiro filme dos Vingadores. 

E vou falar a verdade, o grande trunfo dessa série não é ser sombria ou fazer homenagens a filmes e
sim seus personagens. Esses seres que povoam as paginas dos quadrinhos com historias interessantes e que com o espaço que uma série tem conseguem fazer com que essa jornada de 13 horas possam valer a pena. Desde uma Karen Page, vivida pela incrível Deborah Ann Woll, que tem espaço para ser mais que uma simples secretaria, até um Rei do Crime (Vincent D'Onofrio) que consegue ser um crianção ao mesmo tempo que demostra de fato se importar com o bairro que vive (de uma forma estranha), temos figuras que aparecem aqui e ali dão de tudo para a historia… e é claro... tem Charlie Cox como o protagonista Matt Murdock, que sob a direção do showrunner Steven DeKinght, consegue ser tanto o advogado quanto o vigilante e, mais surpreendentemente, consegue ser ambos ao mesmo tempo. E isso só ajuda a apresentar a grande ambiguidade sobre certo ou errado e os limites da justiça, algo que os próprios personagens procuram entre si, na arte, na igreja, no tribunal e não é difícil constatar que os objetivos do herói e do vilão são de certa forma os mesmos. 

Uma das maiores surpresas da série foi o anúncio que teria uma classificação indicativa alta entre os projetos da Marvel (que é da Disney :D). Os 18 anos dado a série no Brasil foi um pouco exagerado, mesmo que de fato haja alguns momentos que mereçam uma maior atenção de quem assiste, e imagino que a classificação tenha sido usada apenas para não limitar a série que vai com sobriedade na violência e mesmo com um aval do ministério da justiça para usar rios de sangue e nudez, se atém ao necessário para contar a narrativa, podendo decepcionar as pessoas que esperam algo mais gore. Ao falar de decepção eu só posso pensar nas cenas de lutas bem no inicio da série que pareciam uma reexecução das piruetas e cambalhotas vistas semanalmente em Arrow (que tem um clima parecido com a série nesse aspecto). Felizmente existe algumas exceções e já no segundo episódio em diante esse quesito da uma tremenda melhorada. Vale frisar que essa melhora ainda envolve um dos planos sequências mais legais já feitos na TV, que consegue se destacar mesmo após um 2014 marcado por filmes e séries abusando das tão amadas tomadas longas (ei, você viu Birdman? :P). 

A ambientação da série é bem inteligente e dinâmica dando a cada lugar um tom distinto, como a casa do protagonista que por ser cego não tem luzes, porém, é iluminada por enorme banner que da ao apartamento uma iluminação roxa característica que você não veria em muitos lugares. A ambientação também envolve uma das coisas mais importantes para o personagem título: O Som. A edição de som é rica e em sincronia com o personagem nos dá a textura que povoa tanto a super audição quanto os pequenos detalhes de Hell Kitchen. Seguida por uma trilha sonora que se encaixa bem na série e vai fascinar logo de cara quando acompanhada da belíssima abertura da série, que com muito sangue se tornou uma das coisas que mais gostei.

Acho que se você for fã do personagem não estaria está aqui para saber se vale a pena a série, mas você que no máximo teve contato com o filme de 2003 do personagem (aquele lá responsável por juntar Ben Affleck com a Jennifer Garner) tem de saber que o que você vai ver é bem longe daquilo. É uma outra mídia, uma pegada bem diferente e uma história bem desenvolvida com personagens tão desenvolvidos quanto. Tem em sua maior parte boas cenas de ação, boa direção e no geral muitos bons motivos para dar uma chance para essa série. E eu estou tão ansioso como vocês para saber como a série vai ser concluida, quando ela sair na Netflix dia 10 de março, dando inicio a um novo micro-universo Marvel com a Jessica Jones, Luke Cage e Punho de Ferro que vai culminar em Os Defensores!



nanomag

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Aenean commodo ligula eget dolor. Aenean massa. Cum sociis natoque penatibus et magnis dis parturient montes, nascetur ridiculus mus.


0 thoughts on “Primeiras Impressões I Demolidor (2015)