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Resenha - Azul é a Cor Mais Quente

Título: Azul é a Cor Mais Quente
Título Original: Le Bleu Est Une Couleur Chaude
Autor: Julie Maroh
Editora:  Martins Fonts
Ano: 2013
Páginas: 160
Sinopse: Em tempos de luta por direitos e de novas questões políticas, Azul, a cor mais quente surge para mostrar o lado poético e universal do amor, sem apontar regras ou gêneros. Azul é a Cor Mais Forte conta a história de Clementine, uma jovem de 15 anos que descobre o amor ao conhecer Emma, uma garota de cabelos azuis. Através de textos do diário de Clementine, o leitor acompanha o primeiro encontro das duas e caminha entre as descobertas, tristezas e maravilhas que essa relação pode trazer. 

Por Yuri Hollanda & Lara Gutierrez


Peguei essa HQ hoje para ler, ao ver os elogios para sua adaptação homônima para o cinema, que chega hoje no Brasil, e sinceramente, fui com os dois pés atrás em relação a essa obra pelo simples fato de subestimar obras desse tipo. Obras Indies costumam ser bastante divergentes em opiniões, e na maioria das vezes eu não consigo me aprofundar no sentimento que o filme quer passar, embora entenda a mensagem. Daí se originou meu pré-conceito.
Porém, não foi nada tão ruim assim que me deparei na HQ de Azul é a Cor Mais Quente, da estreante Julie Maroh. Fui pesquisar e vi que ela já ganhou vários prêmios por essa obra. Parabéns pra ela. Foi merecido.

"Azul é a Cor Mais Quente" é daquelas histórias que te faz simplesmente esquecer qualquer tipo de preconceito ou repulsa que você possa ter, eventualmente, qualquer olhar torto que você possa direcionar a relações diferentes do que se tem como "normal". Mesmo que a sexualidade da personagem principal, a Clementine, seja algo abordado e problematizado excessivamente durante a história, mas é de uma maneira muito real e convincente, realmente uma menina descobrindo o amor de uma forma não habitual pela primeira vez. E se vendo perdida.

A relação que ela passa a ter com a Emmaa é contada de maneira impecável, o crescimento do sentimento, tudo no devido tempo, bem desenvolvido. E o que é ainda mais incrível, é que de fato foi um amor à primeira vista se realmente parar para pensar, porém mais realista do que estamos acostumados a ver, porque amores à primeira vista ficam no subconsciente e foi o que ocorreu com a Clementine, quando viu pela primeira vez os cabelos azuis de Emma.

O que nós tiramos da história, no final das contas, é que não importa a forma de amor, ou quem você ama, o que você ama, mas você tem que amar. Tem que viver, deixar viver, deixar doer, qualquer coisa que vier junto com isso, aguente, persista. Não existe vergonha no amor, ou julgamentos, a vida só é completa se você se deixar levar por ele.

O HQ tem três fases, uma delas com Clementine aos 30 anos, e então é quando vemos que o amor - pode ser o maior do mundo - não é perfeito. Muito pelo contrário. Mesmo as pessoas que mais amam estão sujeitas a cometer erros, a se separar. O bom de tudo é que quando uma coisa é sua, você tem que deixá-la livre, se for pra ser, ela volta pra você. Clementine e Emma vivem seus altos e baixos como qualquer casal, e isso é o mais bonito, quando elas mostram que o amor pode ser resistente, pode ultrapassar as barreiras do tempo, da rejeição, preconceito, e principalmente, dos problemas pessoais de cada uma delas. Esse último, talvez o mais difícil.

Em um momento Emma pergunta para Clementine se esta acredita no suposto "amor eterno", ela a deixa sem resposta. Anos depois, ela a responde, de uma forma diferente - da única forma que é possível que responder naquele momento - sua resposta é: "Talvez o amor não seja eterno, mas pode nos fazer eterno". E com isso, não é preciso dizer mais nada.

"Somente o Amor salvará o mundo. Porque eu teria vergonha de amar?"






nanomag

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