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Crítica | Sense8 - 1ª Temporada

Netflix estreia nova série com trama rica e personagens bem desenvolvidos 


Sense8 é a mais nova série do catálogo de produções originais da Netflix e é mais um acerto para a lista do serviço de streaming. É fruto da cabeça dos irmãos Wachowski, também responsáveis pela trilogia Matrix. Em Sense8, os protagonistas são oito pessoas espalhadas ao redor do mundo que possuem um tipo de ligação psíquica. O que é essa ligação e o porquê de eles a possuírem são mistérios que vão sendo desenvolvidos ao longo da temporada.

A primeira preocupação da série, e um dos seus maiores trunfos, é desenvolver bem seus personagens. Cerca de metade da temporada é utilizada como forma de situar o telespectador na  vida daquelas pessoas e dar um background para toda a trama. Com flashbacks e tramas que podem parecer desnecessárias e aleatórias, os Wachowski apresentaram personagens incríveis e com muitas e muitas camadas, tornando a história nada superficial.

O que une tudo isso é a ligação que os personagens possuem, mas, em certos momentos, o plot isolado de cada um deles é tão interessante, que quem assiste pode até esquecer de que aquilo tudo é só o início de algo maior. O fato de as tramas serem bastante diversificadas enriquece ainda mais a série.

Em termos de produção, Sense8 também não decepciona. Não somente o tempo de cena de cada personagem é muito bem pensado, como a própria direção. Os plots conversam entre si, mesmo quando a relação dos personagens ainda é um ponto de interrogação. E a direção, como citado, também é um show a parte. Todo episódio possui alguma sequência incrível que mexe com o telespectador ou que o deixa segurando a respiração com a tensão apresentada. 

Sense8 é a escolha perfeita para aqueles que procuram uma trama complexa, repleta de mistérios e que dá um nó no cérebro. A falta de respostas logo no início pode incomodar algumas pessoas, mas é nítido que isso foi planejado e que só contribui com a experiência de se assistir à série. 



nanomag

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