Postado Por: Lara Gutierrez
A 6ª temporada de True Blood, a série vampiresca da HBO que adapta os livros de Charlaine Harris, começa com o ressurgimento de Bill (Stephen Moyer) após tomar o sangue de Lilith (a vampira original, criada por Deus à sua imagem e semelhança, antes de Adão e Eva, estes apenas foram criados para servirem de alimento para Lilith, segundo a Bíblia Vampírica) e tornar-se Bilith, um híbrido entre o vampiro Bill e esse ser misterioso coberto de sangue.
O episódio foi exatamente como esperado. Cenas boas de ação, excelentes atuações, momentos que você fica com o coração na mão torcendo por esses personagens que já conhecemos bem nesses 6 anos de série e, como é de costume, terminando o episódio com um cliffhanger (que eu considerei bem fraco, se comparado com o resto do episódio).
Infelizmente, desde a 4ª temporada a série vem perdendo seu fôlego e qualidade, e esse novo episódio não passou a ideia de que esta nova temporada será superior as duas últimas. Não que tenha sido ruim, apenas simplesmente não tem mais a mesma qualidade nem o mesmo vigor das três primeiras, que foram, a meu ver, incríveis. A qualidade das atuações, da direção, da produção e etc. continuam sensacionais, como é de se esperar de uma série da HBO, porém infelizmente, é no roteiro que está pecando. Não existe uma razão concreta para isso, exceto que simplesmente o enredo não é mais interessante como era antes.
Mas claro que nem tudo são espinhos, e é necessário elogiar como o personagem da Jéssica (Deborah Ann Woll) cresceu e está excelente em suas cenas com o seu criador Bill, o amor de "maker" que ela sente por ele está muito bem representado. E também é necessário ressaltar como o Jason (Ryan Kwanten) foi de um dos personagens mais chatos e entediantes da série para esse Jason maravilhoso de agora, que tem cenas super legais e interessantes, principalmente quando está com a Jéssica.
Agora falando do núcleo principal. Algo foi fundamental e é necessário ser ressaltado; como a Sookie (Anna Paquin), POR INSTINTO, teve coragem de "matar" o Bill para salvar o Eric (Alexander Skarsgard). Acho que essa cena foi fundamental para sabermos como a Sookie está se sentindo emocionalmente. Ela afirma para Jéssica que amar o Bill estava em seu sangue porque ele havia sido seu primeiro, porém depois ela não pensou dois segundos antes de enfiar uma estaca atravessando o peito dele para salvar o Eric. O que me faz pensar se ainda resta algum amor realmente entre Sookie e Bill.
A melhor cena do episódio, de longe, foi a "despedida" da Sookie e do Eric. O que só me fez admirá-la ainda mais. Não é segredo para ninguém que eu acho a Sookie uma das personagens femininas mais fortes e exemplares, e ela só prova isso cada vez mais. O Eric dizendo que "ela sempre seria a garota de vestido branco que um dia entrou no Fangtansia" para ele, e que ele gostaria que ela voltasse a ter aquela vida mais simples e por isso devolveria a casa para ela. Mostrando uma força que poucas mulheres podem dizer que tem o orgulho de possuir, no momento que ele devolve a casa para ela, mesmo obviamente o querendo e ele idem, ela retira a permissão dele de permanecer em sua casa, forçando-o a ficar longe de sua vida. E pela cortina ele olha para ela e diz "Adeus, Sookie Stackhouse". E então veio a melhor fala do episódio, quando Nora (Lucy Griffiths), a irmã de Eric, fala surpresa "Você a ama!" e ele responde "Em outra vida." Nossa, sinceramente, maravilhoso. Mesmo. Os diálogos de True Blood são impecáveis, mesmo com a história um tanto enfraquecida.
O episódio foi dirigido por Stephen Moyer, isso mesmo, o vampiro Bill! Muito bem dirigido, por sinal. Na verdade, não senti muita diferença na direção dele e a de todos os outros episódios. Então, manteve-se o padrão de qualidade. Ele ressalvou que foi uma ótima experiência dirigir seus colegas nus! haha
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