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Resenha - Dragões de Éter: Corações de Neve - Livro 2

ASJAOIS
Título: Corações de Neve
Autor(a): Raphael Draccon
Editora: Leya
Ano: 2010
Páginas:  495
Sinopse: Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltaram contra as antigas raças. E assim nasceu a Era Antiga. Hoje, Arzallum, o Maior dos Reinos, tem um novo rei, e a esperada Era Nova se inicia.
Entretanto, coisas estranhas continuam a acontecer... Uma adolescente desenvolve uma iniciação mística proibida, despertando dons extraordinários que tocam nos dois lados da vida. Dois irmãos descobrem uma ligação de família com antigos laços de magia negra, que lhes são cobrados. Duas antigas sociedades secretas que deveriam estar exterminadas renascem como uma única, extremamente furiosa.


No segundo volume da sua série Dragões de Éter, Corações de Neve, Raphael Draccon nos mostra um lado mais amoroso do mundo em que criou.
Focando nos casais e relacionamentos amorosos, Raphael nos põe em meio a guerra, bruxaria, contos de fadas, romances, descobertas, e da melhor forma que alguém poderia.

Muito diferente do primeiro, nesse volume de Dragões de Éter temos as inúmeras batalhas no maior estilo gladiador, com Axel Branford agora tendo que encarar seu destino inevitável, e pondo em risco a sua vida junto a Maria Hanson.

Maria, nesse volume, não aparece tanto quanto no primeiro, porém tem um dos melhores plots junto com seu irmão, João Hanson, que é o meu personagem favorito nessa serie. Ele tem os melhores diálogos, e a melhor história, agora que está descobrindo seus sentimentos por Ariane Narin.

Ariane também tem seu espaço na série, descobrindo o destino que foi traçado para ela desde muito pequena, após ficar sabendo que a mãe é uma bruxa e ser atormentada pela visão da enviada da morte (inclusive, nessas partes, Raphael Draccon escreve tão bem que te dá arrepios), e colocando em prática o seu amor recíproco por João Hanson que foi lindo de se ler.  Porém tenho que dizer que o jeito que Ariane fala me irrita um pouco. Mas claro que isso não foi um grande problema, eu só demoro a me acostumar com o jeito atrevido e extremamente ‘coloquial’ que a personagem sempre fala, porém a personalidade irritada e impaciente dela é uma das coisas que eu mais gosto.

Um dos plots mais interessantes pra mim nesse livro foram os de Liriel e Snail Galford. A forma sombria com que Snail se impõe sobre Liriel, desde suas falas, até suas atitudes mais ‘escuras’ como querer reunir um grupo passado para recuperar o poder de sua família, e torturar a garota para ascender seus poderes telecinéticos, é algo incrível de se ler.

Nesse volume em especial, os itens de contos de fadas estão mais presentes do que no volume anterior. Branca-Coração-de-Neve teve o melhor desfecho desse livro e me deixou com água na boca para ler o próximo.

Em meio a muitos outros problemas, os de João Hanson são os que mais se destacam. Um garoto sendo forçado a crescer para poder se adaptar a vida em que se encontra, tendo um inimigo aqui e outro ali, conflitos com Ariane, e ainda tendo uma grande revelação que mudou pra sempre sua vida e a de sua família.
Incrível como Raphael Draccon se aprofundou em João nesse capítulo de suas crônicas, e tenho que dizer, foi a melhor escolha que ele pode fazer para compor esse livro maravilhoso.

De um todo, preferi muitas vezes mais esse volume ao anterior, porém tem alguns respaldes que gostaria de colocar aqui: Prestem bastante atenção a cada frase e término de capítulos desses livros. Não que seja difícil fazer isso, mas tentar entender e absorver as incríveis metáforas que Draccon produz em cada página é uma coisa incrível de se fazer.
E se você entender, você vai amar ainda mais a série.

Inegavelmente talentoso, Raphael Draccon conseguiu mais uma vez. Suas metéforas, e frases, e diálogos são de uma qualidade tão grande que surpreendem.
É um deleite quando você vai percebendo, página a página, os itens de cada conto de fadas colocados de forma perfeita nos núcleos dos personagens criados por Draccon, em meio a essa história que, acima de tudo, é de amor, e que ainda assim consegue perfeitamente mesclar com uma obscuridade que parece estar sempre envolta a tudo.

Vamos aguardar o final da trilogia e ver como Nova Éter irá terminar. Apesar de ser uma lástima ter que chegar ao fim dessa série.




nanomag

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