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Crítica: Gravidade

A história de Gravidade gira em torno de Matt e Ryan, dois astronautas que viajam para o espaço para uma missão da NASA. Durante a viagem, eles são atingidos pelos destroços de um satélite que explodiu e anda a deriva pelo espaço. A partir daí começa o pânico tão  cuidadosamente bem feitos em Gravidade.

Com 90 minutos de pura aflição e falta de fôlego, Alfonso Cuarón faz com que sua obra mais ousada até agora consiga passar todas as sensações de seus personagens com uma agilidade incrível. Quase que literalmente, você pisca, o filme acabou, e você sai da sala do cinema com a sensação de ter vivenciado tudo o que Matt e Ryan passaram no vazio escuro, infinito e desesperador do espaço.

A primeira característica que eu mais admirei nesse filme foi a direção inacreditavelmente bem feita de Alfonso Cuarón. O modo como ele comanda a câmera, as longas cenas de uma só tomada contribuem para que o desespero de ficar inerte a nenhuma gravidade seja muito maior e apático do que eu esperava.
Outro ponto ótimo em Gravidade é que não há enrolação. O filme já começa desesperador, se desenrola de maneira magistral, e tem um desfecho digno.

Os poucos 90 minutos de filme fazem valer por uma experiência como poucas vistas até hoje, pelo menos por mim. Foram poucos filmes que me fizeram ficar tão desesperados e serem tão bem feitos. Porque Gravidade, é visível, tem uma carga incrível de efeitos especiais, e mesmo assim pareceu desesperadoramente verossímil. Quando vejo filmes com muitos efeitos, simplesmente fica na minha cabeça que aquilo tudo não aconteceu de verdade. Não é o caso de Gravidade. 
Não é difícil você imaginar que aquilo tudo que vê no filme aconteceu realmente. E isso que faz com que o filme seja tão bom. São poucos que sabem usar o poder da tecnologia para fazer algo que deixe o público amedrontado, e ao mesmo tempo encantado. Juro que tem horas que você fica roendo unhas e colocando as mãos no rosto com medo do que possa acontecer em seguida.

A atuação de Sandra Bullock e George Clooney não é algo que impressiona como outros trabalhos dos atores, até porque Gravidade é um filme muito mais técnico. Tem coisas mais importantes para admirar no filme, como, por exemplo, a fotografia incrível e os efeitos especiais de cair o queixo.
Mas não deixam de ser boas. Bullock, em determinados momentos do filme chega a emocionar muitos com a sua constante batalha sufocante para se manter viva no espaço. George Clooney da vida a um personagem extremamente brincalhão que mesmo durante perigo extremo tem algumas falas de alívio cômico. Na verdade, o personagem se reduz a isso: alívio cômico (muito pouco, por sinal).

O 3D do filme é digno de nota. Impressionante, muito, muito profundo e deixa o filme muito mais real e desesperador, apesar de pecar algumas horas em ter cenas exclusivas para o 3D (isso mesmo, aqueles clichês de coisas sendo tacadas na cara do público acontece bastante).
 A trilha sonora (apesar de me passar a impressão de ser sempre a mesma) é muito boa e constrói um nível de tensão enorme. 

Gravidade, até agora, foi o melhor filme que vi em 2013. Saí da sessão com vontade de rever essa obra de arte tamanho o meu contentamento com o filme. Impressionante a forma como ele te coloca dentro do desespero do espaço, como quando você acha que está certo sobre algo, e vem uma bomba. Sim, Gravidade tem 90 minutos e parece ter sempre a mesma paisagem (não é mentira), mas o filme possuí muitas reviravoltas, e consegue manter seu roteiro trincado.

Uma obra de arte. Merece ser visto, revisto, e elogiado por milhares e milhares (o que, por sinal, já está acontecendo, e ainda vai acontecer por um bom tempo).

Nota: 9,5/10


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nanomag

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