Sinopse: Dana desaparece sem dar notícias, forçando Jessica a ligar para a polícia. Enquanto isso, Carrie participa de uma reunião.
E essa é a quarta semana da terceira temporada de Homeland que começa a engrenar. Aos poucos, mas está indo. Nesse episódio o foco é totalmente na dramática situação de Carrie e sua eterna briga com a CIA. A total ausência de Brody é preenchida muito bem com um plot bem construído de Carrie, porém o que prejudica mesmo é a insuportável Dana, e algumas cenas um tanto quanto tediosas do núcleo Saul e Fara na CIA, investigando alguns casos avulsos que parecem finalmente tomar corpo com o rumo que esse episódio levou.
O melhor desse episódio, foi a grande revelação final, uma reviravolta enorme no enredo da série inteira, e que surpreendeu não só os fãs, mas até os menos chegados a série.
O episódio abre com Carrie deitada na maca da clínica psiquiatra em seu “quarto”. Ela escuta gritos desesperados no corredor e, curiosa e metida como é, vai verificar o barulho. Acaba dando de cara com uma cena que a apavora: uma mulher sendo carregada por cinco enfermeiros que querem drogá-la. A expressão de Danes passa mais uma vez as sensações de Carrie, de como um dia ela chegará àquele ponto, ela vai ser a mulher na maca.
Ainda na clínica, no outro dia, Carrie se prepara para seu julgamento na diretoria da clínica que determinará se ela está em condições de se retirar da instituição. Os funcionários que trabalharam com ela irão dar seus depoimentos em relação a situação psíquica dela como paciente, e o juiz irá determinar, de acordo com os depoimentos, se ela pode ou não sair.
A cena em que a advogada de Carrie entra no quarto (mudaram a atriz do 3x01?) é realmente muito boa, com Carrie dando respostas totalmente adversas à pergunta da mulher.
- Olá, Carrie, como você está?
- Você tem uma escova de cabelo aí?
- Você tem uns bons relatórios ao seu respeito
- Me empresta o seu blush?
Por fim, a advogada (que me pareceu um personagem tão bom, tão decente, que entende Carrie, e o modo como sua mente funciona), ajuda ela a passar blush no rosto, já que Carrie acha que está parecendo um fantasma, e elas se encaminham ao “tribunal”.
Quando elas entram na sala de julgamento, Carrie mostra-se preocupada com a ausência do pai e da irmã, mas releva e prefere pensar que estão presos no trânsito. Então os depoimentos a respeito da paciente Mathison começam, cada um dos médicos demonstrando satisfação em relação a seu estado mental e sua evolução. Por fim, o juiz manda todos se retirarem da sala.
Enquanto aguarda lá fora, Carrie vê Dar Adal saindo da sala de julgamento(aquele homem cujo eu não sei realmente a sua especialidade na CIA, mas que vive falando na orelha de Saul sobre Carrie, lançando-lhe contra ela). É claro que a partir daí ela já saca tudo: A CIA está interferindo no seu caso, e não vai deixar ela sair da clínica enquanto forem capazes de impedir. E é exatamente isso que acontece.
Quando Carrie e a advogada se encaminham a sala para ouvir o decreto, o juiz diz que está negando a saída de Carrie da clínica, pois a CIA informou-lhe que ela é uma cidadã de risco e que oferece perigo à inteligência por ter uma mente extremamente instável e uma certa fama em sair espalhando informações confidencias por aí. Carrie fica arrazada, mas já medicada, não faz nenhum escânda-lo como ela faria se estivesse fora dos remédios. Mas claro, ela não deixa de soltar o seu “Un-fucking-believable”
Agora, vamos falar um pouco sobre o plot Dana e seu namoradinho rebelde. Temos a cena dele fugindo do hospício e entrando no carro dela, e eles dirigem pra um lugar qualquer que não interessa a ninguém saber porque ninguém também se interessa pela Dana. Eu pelo menos, não compartilho nenhum interesse pelo plot da garota.
As cenas dela se resumem a melação de casalzinho teen, que sonham em viver pra sempre no meio do mato sem ninguém pra perturbá-los. E é só isso!!! Ela ainda tem umas cenas bonitas, que ela vai visitar o aeroporto onde se reencontrou com Brody depois de 8 anos sem ver o pai. Também tem a mãe dela, procurando feito uma doida por ela, e ela sem dar a mínima pra ninguém, pra família, só liga pro namoradinho. Que saco, Dana. QUE SACO!
Durante algumas cenas de Morena Baccarin, vemos que Diego Klattenhof não saiu da série. Mike ainda continua lá. O ator vai continuar aparecendo, mas não é mais fixo, pelo visto. Espero que estejam gravando um bom final para ele poder sair da série satisfatoriamente, não sumir do nada, como eu estava achando que tinha acontecido.
Enfim, em determinado momento de uma conversa entre Jessica e Mike, eles começam a conversar sobre Brody e ela manifesta uma vontade de mata-lo. É forte, porque eu, sinceramente, não esperava uma frase tão importante para uma personagem tão fraca e em segundo plano como a Jessica, mas pelo visto todos os plots nessa temporada terão tempo igual, e importancia relativamente grande.
Agora vamos voltar ao que interessa: Carrie.
Ela está lá no quarto dela, totalmente arrasada pela rejeição de sua soltura, quando chega a enfermeira e avisa que ela conseguiu uma autorização de saída. Eufórica, e um pouco atordoada, Carrie começa a arrumar as coisas.
Ela então vai para sua casa e toma um susto: Franklin, o cara que propôs uma “conversa” com seu chefe a Carrie está lá, sentado no sofá de sua casa. Ela, claro, manda ele sair dalí, e diz que já devia ter imaginado que tinha sido eles. É CLARO QUE SIM, NÉ! Eu já sabia, sinceramente.
Ele então diz a ela que seu parceiro quer conversar, que ela não tem nada a perder e tal... e ela aceita. Mas se não tivesse alguma coisa a mais rolando na mente de Carrie Mathison, não seria Carrie Mathison. É isso que eu amo nela. Ela não desiste nunca! Ela quer sempre uma saída, e é claro que a essa altura ela já sacou toda a jogada da “empresa de advocacia”. URRUM!
Bom, pra entender um pouco melhor sobre o que a tal empresa é, temos que nos dirigir ao plot Saul e Fara, que estão investigando o caso do suspeito terrorista iraniano Javadi. Fara anda pedindo tudo a respeito dele para a CIA, e trabalhando realmente duro com Saul. Eu realmente não esperava que esse plot fosse dar em algo, mas Homeland não tem conversa fiada. Tudo nessa série é importante.
Pois bem, pelo que deu pra ver, Carrie sacou que essa tal empresa é uma camuflagem para Javadi, e que ele quer que ela trabalhe paro o Irã. Então ela vai tentar fugir, vai tentar sair dali. Nisso, ela percebe que está sem dinheiro, e vai na casa daquele rapaz que ela fez um hard-sex no 3x01 (eu disse que ele ia ter sua função na série), como última opção, claro, dorme com ele, e pela manhã ela ROUBA dinheiro da carteira do homem, já que descobre que sua conta bancária foi bloqueada pela CIA, e seu carro, confiscado. WOW! Olha a que nível a CIA chegou para cercar Carrie. Deus, eu não esperava. Fiquei realmente surpreso com o nível dessa guerra Carrie x CIA.
Agora, com dinheiro roubado, mas a pé, Carrie sai da casa do rapaz e é surpreendida por Franklin. É uma cena sem fala nenhuma. Ele apenas olha para ela, e ela já compreende que está sem saída.
Ele a leva a uma casa onde ela conhece Leland Benett, que já começa falando para ela que não quer que ela faça nada que ela não queira, e que ela já está praticamente na cadeia mesmo.
Pois bem, o que o tal cliente quer (não é Leland), é que Carrie, agora que não é mais da CIA, o ajude a entender todas as façanhas do seu cargo na inteligência. Então fica óbvio, mais que claro, que é Javadi. Carrie então toma uma rajada de verdades na cara, vindas de Leland, sobre a CIA estar sufocando-a, como a CIA não é bom para ela, como eles a traíram.
Então, muito abalada, Carrie aceita a proposta com uma condição: ela quer se encontrar cara a cara com o tal parceiro. Ela já sacou tudo, talvez queira ajudar a CIA a pegar ele (ai Deus, como ela é devota ao trabalho, isso parte meu coração).
Mas ela, é claro, não aceitou esse serviço de verdade. É claro que Carrie Mathison NUNCA vai trabalhar para o Irã para se vingar da CIA, ela é uma pessoa decente! Carrie sabe que o Irã está por trás da bomba que explodiu Langley, ela sabe que o Irã a persegue, que ela é um alvo. Mas ao mesmo tempo em que ela não quer aceitar esse pedido, ela é refém do mesmo, embora, de fachada, eles pareçam inofensivos.
No carro com Franklin, ela recebe uma boa quantia em dinheiro vinda de Leland, como uma “demonstração de boa fé”. Ele também informa a ela que seu passaporte não é mais válido, para o caso dela querer fugir novamente.
Mas Carrie é corajosa, e como eu disse, não desiste fácil. O que ela faz é, surpreendentemente, se dirigir a casa de Saul, e aí se tem a grande revelação.
Esse tempo todo Carrie e Saul trabalharam juntos para descobrirem quem foi que explodiu Langley.
É por isso que ela foi presa na instituíção psiquiátrica, é por isso que Saul entregou ela a polícia. Para atraír os culpados, o Franklin, o Leland e o chefão Javadi.
“Ah, Carrie Mathison, você é maravilhosa. Maravilhosa”
Saul nunca disse uma coisa tão verdadeira em toda a série. Carrie se sacrificou pra descobrir quem é o culpado pela explosão da Langley. Expôs seu segredo mais secreto ao mundo, para descobrir um terrorista. Carrie Mathison sem dúvidas é uma das melhores personagens já feitas em série de TV.
Carrie e Saul se abraçam, e Carrie chora dizendo que ele não deveria ter deixado ela na clínica. É visível o quanto ela ficou machucada com isso, o quanto ela sofreu e se sacrificou pelo seu trabalho, para descobrir o culpado pela bomba.
Por fim, Homeland se mostrou genial como sempre, e arranjou seu novo Abu Nazir com quase o mesmo potencial. A reviravolta foi GRANDE, enorme!
Vamos aguardar mais episódios para ver onde isso vai dar (e pela prévia do próximo episódio, vai ser algo bem grave).
• Senti uma tensão sexual entre Fara e Saul
• Javadi is coming
Tarun 
