O segundo episódio dessa temporada foi melhor que o anterior, sem dúvida, e também facilmente melhor que os S01E02 e S02E02. Um episódio bastante temático com o casamento de John e tudo mais que isso trás. Foi bastante concentrado nos personagens e não tanto nas resoluções de crimes, mesmo que a todo o momento surgisse um crime novo. Foi um episódio bastante cômico, e claro, um Sherlock preocupado com a possibilidade de John o abandonar.
Logo no começo já vemos que Sherlock está tendo problema em escrever um discurso para o casamento de John, o que já é de se esperar já que Sherlock é um tanto quanto anti-social, e também confirmamos o quanto Lestrade é devotado a Sherlock. Com a conversa entre Sherlock e Sra. Hudson confirmamos também que a grande preocupação de Sherlock é ser abandonado por John agora que vai se casar, e claro, Sra. Hudson não ajuda e nada.
O episódio vai e volta no tempo mostrando o casamento, e os preparativos do casamento, a despedida de solteiro e crimes sendo solucionados. Vemos então Sherlock desempenhar seu papel como padrinho de casamento, a intimidação do ex-namorado é uma ótima cena, principalmente aquele sorriso macabro que ele dá no fim da cena.
Na festa de casamento somos apresentados ao antigo comandante de John, major Sholto, foram grandes amigos quando serviam, porem o major se tornou recluso. Sherlock parece ter ciúmes da amizade dos dois enquanto conversa com Mary, é uma conversa bastante divertida.Tenho que dizer mais uma vez, Mary é absolutamente adorável. E provando mais uma vez que esse episódio trata de personagens, a cena em que Sherlock telefona para Mycroft perguntando se ele irá a festa de casamento, a cena reafirma o quanto Mycroft é excluído (por ele mesmo) e o quanto Sherlock está nervoso em apresentar seu discurso de padrinho, não ajuda em nada que Mycroft relembre que John pode deixa-lo de lado agora que se casou.
E finalmente chega a esperada hora do discurso, essa parte do episódio tem uma montagem muito bem feita, vamos de cena a cena enquanto Sherlock discursa sobre John, primeiro sobre os telegramas, que aparentemente é uma tradições nos casamentos. Do discurso vamos a John pedindo que Sherlock seja seu padrinho de casamento, é incrivelmente fofo, e nos faz amar ainda mais esses dois, e o que mais nos toca é que nunca passou pela mente de Sherlock que ele seria o melhor amigo de John.Enquanto ele desmerece completamente a a instituição do casamento e ofende boa parte dos presentes na festa ele demonstra o quanto é uma pessoa odiável, em seguida desarma com grandes elogios a John e Mary, e repete algumas vezes que John o salvou. E claro, todos choram, e John o abraça (e nós choramos um pouco mais).
Ainda em seu discurso, ele relembra os últimos casos que ele e John trabalharam, dentre eles Sherlock escolhe contar o caso do Soldado Ensanguentado, e como um soldado foi esfaqueado dentro de um Box no banheiro fechado por dentro, a primeira vista a única coisa que tiramos desse caso é como Mary e John se preocupam com Sherlock e tentam tirar um pouco da pressão de ser padrinho, mas esse caso é importante no fim do episódio (e do discurso). A moral da história, um elemento memorável da história toda, é John Watson, que salvou uma vida.
Próxima parte do discurso é a história embaraçosa, vamos agora a despedida de solteiro, como Sherlock gosta deter controle de tudo que acontece ele pede para Moly calcular a quantidade de álcool limite que John aguenta sem ficar bêbado. E assim eles vão de bar em bar, bebendo sempre a quantidade estipulada por Sherlock, até que John mistura umas doses de tequila (?) e os dois acabam bêbados. Melhores cenas do episódio com certeza, os dois bêbados, e o pior que só ficaram fora por duas horas, fico imaginando o quanto dessas cenas foi improvisação pois parece ter sido, principalmente no jogo de adivinhação. Os dois tentando resolver o caso é muito cômico, é também muito interessante como foi usado um efeito desfocado e o balançar da câmera para dar a impressão desorientação do bêbado, casou muito bem com o estados dos personagens.
Continuando com o caso, vemos Sherlock tentando solucionar o caso do namorado fantasma, e vemos um Mind Palace bem diferente nesse episódio, nos mostra uma organização mental muito bem feita, com todas as mulheres no auditório. A progressão do raciocínio de Sherlock é bonita de se ver, a cada nova informação a mudança na percepção das mulheres é muito bem pensada, enquanto ele fala com elas no chat. E assim chegamos ao clímax do episódio, quando Sherlock vai propor o brinde, tem um insight sobre um assassinato que vai acontecer durante a festa de John. É um momento cheio tensão, e ainda somamos Irene Adler a isso tudo, é uma cadeia de raciocínio bem complexa e eu me perdi um pouco nela por isso não vou repetir ela Aqui (HAHAHA).
No final das contas, tudo se resumiu ao crime no casamento. A dedução (do garotinho) leva ao caso do Soldado Ensanguentado e ele descobre que foi apenas um ensaio para o assassinato do Major Sholto, e brilhantemente elaborado, por sinal. É uma trama muito boa se compararmos com a do episódio passado, que tinha proporções maiores porem pouca originalidade, já esse é bem coeso e sem excessos. Brilhante. A cena toda é brilhante.
Após Lestrade prender o culpado, o fotografo, voltamos a onde tudo é feliz e lindo, há a primeira dança dos recém-casados enquanto Sherlock toca violino e mais um discurso de Sherlock, ele promete estar sempre presente para John e Mary, e claro deixa escapar que Mary está grávida. Lindo demais!
“Todos os sinais estão aí” “Os sinais?” “Os sinais dos três.”
Uma referencia ao nome do episódio. Perfeito.
E com isso Sherlock deixa um envelope para John e Mary e vai embora sorrateiramente. Solitário como sempre, se sentindo abandonado por John, Mary e até a madrinha do casamento.
Uma beleza de episódio, mas não vãos esquecer que não tivemos ainda nenhuma explicação concreta sobre como ele forjou a própria morte em The Reichenbach Fall, realmente torço para que respondam com mais clareza no próximo episódio, mesmo que isso seja bem difícil de acontecer permaneço com esperanças. Mesmo assim, não temos como não amar esse episódio fofo, feito especialmente para os fãs, dando as interações que nos divertem tanto e sem esquecer de um bom caso. Um abraço para esses roteiristas fodões.
Nota do episódio: 9,5
Obs. 1 A história de “amor” da Sra. Hudson com o Sr. Hudson é algo a parte ein, HAHAHHAHA dá um spinoff!
Obs. 2 Sherlock adora dançar! HÁ!
Promo do season finale:
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