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Review: Hannibal "Sakizuki" (S02E02)

Sinopse:
Will Graham começa um plano de manipulação de dentro do manicômio, determinado a provar sua inocência. Depois do relatório de Alana, Jack tenta lidar com sua culpa por não ter protegido Will e se submete à terapia obrigatória.


Seguindo o mesmo nível do episódio anterior, nessa semana temos mais uma maravilha de episódio que continua o arco do serial killer apresentado semana passada, deixando um pouco (mas não muito) de lado as memórias perdidas de Will, vemos mais de Hannibal e Dra. Du Maurier e as complicações na relação dos dois, alem de Hannibal canibalizando.

A primeira cena do episódio consegue ser a mais nojenta é muito tempo, o homem saindo do meio do mural se descolando dos outros corpos e rasgando a própria pele... traumatizante, mas incrivelmente bem feito. E essa fuga é o erro que o serial killer comete para que seja finalmente pego nesse episódio. 

Will tem seu próprio plano para provar que Hannibal é o culpado de tudo que aconteceu, o seu pedido de ajuda soa bastante verdadeiro e a presença de Alana só torna mais crível a sua performance, a maneira com que ele fala da amizade entre ele e Hannibal no entanto é bem verdadeira, ele realmente se sentiu traído. Mas será que ele é capaz de manipular Hannibal, meio difícil.

A reação de Hannibal a Dra. Du Maurier dispensando ele como paciente é sutil, mas notável, talvez ele esperasse mais dela, que confiasse mais que ela se manteria a seu lado. O medo que ela sente é bem claro enquanto os dois conversam. Tudo que ela fala para ele é tão cuidadosamente pensado, que dá vontade de abraçar o roteirista desse episódio.

Quanto a investigação do FBI, a consultoria de Hannibal é bem diferente da de Will, ele não parece muito mais confortável com a equipe forense do que Will se sentia, além do fato de que ele nunca diz exatamente tudo que pensa e ajuda somente o necessário para não parecer que está escondendo algo mesmo que ele deduza o perfil do assassino com êxito. A cena em que Hannibal cheira o cadáver do fugitivo é incrível, podemos ver como ele raciocina diferente de Will, de forma bem menos empática, ele apenas deduziu pelo cheiro ainda presente no corpo que o fugitivo estava em um milharal, no caso de Will ele se sentiria como o fugitivo (ou o perseguidor) para deduzir a localização.

Jack não fica feliz quando descobre que Beverly foi pedir ajuda sobre o caso a Will, porem também não a impede de ir em frente e continuar fazendo isso, já que ele é extremamente importante para a solução do caso. Will decide usar Beverly como aliada para provar sua inocência, em troca de ajudar o FBI a achar o assassino, ela é a única chance dele, e Hannibal sabe disso tanto que o aconselha a não ajudá-la.

Chegando as mesmas conclusões que Will, Hannibal vai atrás do assassino pessoalmente, ele mesmo o mata e termina o mural, com o corpo do assassino no meio. É uma cena ótima, a estética do mural é linda, só acho desnecessária o mural refletindo nos olhos de alguém, a sutileza da semelhança do mural com um olho é perfeita tornando desnecessária essa comparação tão obvia. 

Mais uma beleza no roteiro e direção que vale a pena comentar é a transição da cena em que Jack está conversando com Hannibal e então muda para a cena em que ele está conversando com o psicólogo do FBI. Hannibal explica que para o assassino todas as vitimas foram “meios para chegar a um fim” e então muda a cena e Jack está repetindo o mesmo para o psicólogo, que Will foi o meio que ele usou para conseguir capturar assassinos. A comparação aqui é linda, mostra que Jack se sente tão antagônico quanto um assassino psicopata que não liga para as consequências do seus atos, pelo menos no que diz respeito a Will. Isso mostra o quanto ele se culpa pelo que aconteceu, e que ele quer acreditar que Will não é um assassino e sim vitima das pressões postas sobre ele.

FBI fica meio perdido com o corpo que ocupou o lugar do que fugiu, principalmente porque ele teve uma perna cortada, e todos sabemos porque Hannibal cortou antes mesmo que a cena continuar. Toda a sequencia dele cortando a perna e preparando um ensopado de ossobuco (como eles chamam lá, que deve ser o equivalente ao mocotó aqui) é perfeita, tudo isso enquanto o Jack tenta raciocinar tudo.

Hannibal se sente tão ameaçado pelo contato que Beverly e Will estão tendo, que a acompanha na terceira visita dela a Will, e ele entra na cabeça do assassino e percebe que a peça central do mural não faz parte originalmente, que a peça central é o assassino. A mente dele trabalha lindamente, ele olhando para o teto e vendo a criatura-veado que representa Hannibal olhando de cima e então quando a câmera volta para o mural Will se torna a peça central do mural enquanto Hannibal está costurando junto aos outros corpos, simplesmente perfeita. Quanto a perna, talvez seja o primeiro erro de Hannibal (se não contarmos toda aquela história da Abigail na primeira temporada como erro), ou então um teste para saber se Will sabe que ele é o responsável por finalizar o mural, ou oas suas coisas.

Ao fim do episódio, Will recebe duas visitas bastante interessantes. Primeiro a agente Prurnell, que vem lhe oferecer um acordo para que ele desista de processar o FBI, se ele desistir ela o deixa preso na cadeia psiquiátrica até morrer ou então ele pode seguir com o julgamento e pegar a pena de morte. Não são opções fáceis para Will. A segunda visita é Dra. Du Maurier, e ela dá a Will a confiança que faltava para que ele acredite em si mesmo, ela é uma das poucas pessoas que realmente pode ter algum conhecimento sobre a natureza de Hannibal e ela diz a Will que acredita nele quando ele diz que Hannibal o está incriminando. Melhor ainda é ela ter conseguido fugir de Hannibal. 

A fuga da Dra. Du Maurier vai botar mais pressão em Hannibal, que não deve estar muito seguro do que Will diz, mesmo esse sendo bastante convincente. Mas mesmo assim Hannibal é bastante controlado para se deixar distrair por esses impasses, seu plano deve seguir normalmente, seja ele o que for. Só nos resta esperar por mais episódios dessa série linda. 


Promo do próximo episódio:



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