Também percebi certa polêmica com relação aos spoilers da série, o que, pra mim, não tem nexo, pois após a transmissão do episódio, todos os meios de informações oficiais de Game of Thrones foram completados: O Livro, e a Série. Ou seja, não tem como querer controlar spoiler de algo que JÁ PASSOU, e que foi entregue pelos próprios "autores" de tais obras. Sendo assim, como qualquer review, essa terá spoilers do episódio, mas só o que diz respeito a este. Discutirei algumas coisas do futuro da série, mas nada que vá quebrar a surpresa dos que não o conhecem. Quem leu os livros, irá entender. Quem não leu, espero que fique mais ansioso para ler esta obra extraordinária.
Enfim, o episódio tratou de Quatro plots da série, cada um em canto de Westeros: Theon sob a "prisão" de Ramsay, cenas pequenas de Melisandre e Stannis, Bran e, o mais esperado plot: Porto Real, que se encontra sob festa do Casamento Roxo.
Pois bem, vamos começar a discutir esse episódio.
Mas vão vão enrolar mesmo, e acho super normal... mas enfim, o que importa é que vimos pelo primeira vez algo mais aprofundado de Theon se tornando Fedor. Confesso que, por mais que odeie e repugne o que ele fez os Starks, me deu uma leve dó. A cena da navalha foi intensa, e muito bem colocada para mostrar o quanto Fedor é um ser debilitado e beirando a demência. O que me chateou um pouco é que ele está em um estado físico relativamente bom para o que vemos nos livros.

Já tínhamos visto Porto Real com foco em Tyrion, mas a partir da segunda metade do episódio, Porto Real é única e exclusivamente para a festa do ano. E que festa!
A série constrói, o tempo inteiro, um Joffrey com ar mais pomposo, e extremamente arrogante que o normal, para, no final, resultar numa sensação de maior satisfação no telespectador com a morte do personagem. Acho que já era esperado, e sabido, de grande parte do público que assiste a série, e acredito que a sequência inteira da celebração de um dos momentos mais aclamados do terceiro livro tenha satisfeito grande parte do público. Para mim, alguns aspectos foram melhorados, mas outros me surpreenderam, e não de uma forma boa.
Para começo de conversa: Porque George Martin resolveu excluir, de uma hora pra outra, a rixa entre Tyrells e Martells, transformando Loras, que deveria estar em profunda tristeza pela morte de Renly (Tudo bem, no livro não é aprofundado, mas sabemos que ele se mantêm casto desde a morte do seu amado), em um promiscuo? Ele está transando com o Oberyn!!! Quero dizer, além de ter destruído de uma vez por todas a rixa, que apesar de estar ali, parece inexistente, entre duas famílias, arruinou, também, a história de um personagem.
Mas achei digno ele se levantar da mesa, ofendido, na hora do espetáculo de anões. E que melhora, em comparação ao livro! Cena espetacular... aumentaram o número de anões reis para cinco (no livro, somente dois), e acrescentaram todos os “Reis”, afetando assim, não só Sansa, mas os Tyrell, e metade dos presentes no casamento.
Foi ÓTIMO ver Joffrey e sua mãe, somente eles dois, às gargalhadas perante o espetáculo tão maldoso dos anões. Ótimo! Construiu um ódio pelo personagem mais que a maioria já tinha.
Agora, um ponto que me chateou: porque a HBO INSISTE em subestimar sua audiência? No livro, fica minimamente explícito quem envenenou Joffrey. Fica-se um fio de linha a se seguir, até o momento em que você tem certeza de quem é o culpado. Mas na série, isso ficou simplesmente descarado. Não vou falar quem realmente foi, para não quebrar a surpresa dos que não leram os livros (duvido que não perceberam), mas caramba, pra que tantos closes? Direção não soube mostrar.
Enfim, a cena da morte do Joffrey foi ótima, realmente. Confesso que senti muita falta do desespero e da tensão que o livro passa, com Joffrey ficando roxo, sangue saindo pelos seus olhos, ele gritando em busca de ar, emitindo sons animalescos, rasgando a própria garganta com as unhas... garanto que para quem não leu os livros, a cena foi suficientemente boa, mas os leitores acredito que ficaram um pouco órfãos de alguns itens mais dramáticos na cena, como o desespero de Cersei. Foi satisfatório, mas não tem nem metade do que é apresentado no livro. Ela enlouquece!!! Queria uma morte mais lenta para a personificação de um personagem tão odiado. Mas enfim...
Tyrion vai pagar pela morte de Joffrey, e Cersei mandando pegá-lo foi o auge. Achei, sinceramente, a primeira metade do episódio melhor que a outra, mas acredito que ter lido as obras influenciou um pouco nisso. Sou daquelesque preza por uma adaptação bem igual. Mas não reclamo de jeito nenhum. O episódio foi ótimo, e se sustentou, mantendo o nível da série, desde seus termos técnicos, sempre impecáveis, até tópicos mais ‘humanos’, como as atuações, em que o destaque foi do lendário Jack Gleeson. Não me entendam mal, mas a atuação dele é tão boa, mas tão boa, que me faz lamentar a morte de um personagem que eu tanto odeio, como o Joffrey.
O personagem foi tarde, mas o ator vai fazer falta. Ele era, sem dúvidas, um dos melhores do elenco.
Agora vamos esperar para a fuga de Sansa, que foi omitida no episódio como cliffhanger para o próximo, e o julgamento de Tyrion.
• Cersei estava arretada. Alfinetou Margaery, Oberyn, Pycelle, Tyrion, Brienne, Ellaria... caramba!