E somos introduzidos a mais um vilão dessa temporada alucinante de Arrow. Apesar de o vilão principal - Ra's al Ghul - ser reservado especialmente à episódios específicos não significa que ficaremos sem nenhum antagonista pra tocar o terror nessa série. Apesar de só termos visto seu rosto, dá pra notar que parece ser bem fatal. Poderíamos esperar um final de temporada com uma união entre vários vilões? Veremos. Pois agora vamos ao episódio, que pode ter sido um pouco diferente desse parágrafo introdutório.
Comecemos então pelos flashbacks, que foram parte essencial para o desenrolar de uma antiga história. Ainda em Hong Kong, ainda com as mesmas obrigações com Amanda Waller, Oliver, depois de perseguir um inimigo que acaba sendo morto, tem de puxar na memória algo que nem ao menos acredita ter visto: onde esse inimigo escondeu uma mensagem secreta destinada à vilã-chinesa-que-não-sei-o-nome-e-não-tem-em-lugar-algum.
O capanga de Waller ameaçado também fica desesperado pois o mais rápido Oliver conseguir acabar com suas obrigações, mais rápido sairá de sua casa e sua mulher poderá voltar a ser feliz. Para tanto, o japonês convence a mulher de que deve ajudar o 'hóspede' a se lembrar do que viu. Mesmo relutante e afirmando que não havia visto nada, aceita a ajuda da mulher e com uma leve meditação - a qual estou precisando bastante - consegue se lembrar do passado. Com a mensagem em mãos, a decodificam e descobrem o próximo inimigo a ser perseguido.
Já no tempo atual, o arqueiro está atrás de uma das gangues mais sangrentas de Starling City - palavras de Felicity. Como foi um núcleo, no mínimo, complexo, vou aqui me atentar aos aspectos gerais e aos personagens que temos contato toda semana. Com o instrutor de luta de Laurel sendo um potencial suspeito, esta, por consequência tem um maior destaque no episódio, tentando defendê-lo à todo custo. E não podemos julgar, pois a garota estava com a razão durante todo o tempo.
Mesmo sem grandes explicações, é necessário o conhecimento sobre certos detalhes. O instrutor de Laurel foi um antigo arqueiro da cidade que acabou por não ter tanto prestígio quanto o atual. Daí a expectativa do espectador pode ser a de uma vingança do velho contra o novo. Pois é aí que nos enganamos, existiu sim uma vingança no episódio, essa sendo do antigo parceiro de Ted (instrutor de Laurel) para com ele mesmo. E foi essa situação de herói X companheiro que ficamos com a deixa para o papel de Roy.
O garoto, apenas retomando, teve um sonho no qual se via matando Sara. Ao contar isso à Felicity, a garota consegue ligar antigas evidências com o que foi descrito, dando a impressão de que ele realmente fora o assassino. Se sentindo na obrigação, Roy conta à Laurel e Oliver o que fez. Diggle dá a sugestão para Oliver de tirá-lo do time, o que acho - e sempre acharei - um absurdo. Como alguém, em sã consciência pode sequer pensar em julgar outra que claramente não estava? Ainda mais se esse juiz já tivesse conhecimento prévio do que acontece com o 'réu'?
Oliver, como sempre muito sensato e convicto de que Roy não foi o assassino faz com que o garoto passe pela mesma experiência que viveu em Hong Kong: meditação. Um simples momento para descansar a mente pode ser acolhedor em um momento de desespero. Tanto é que Roy, agora, consegue distinguir o fatos: não havia matado Sara, mas havia sim matado um policial quando estava realmente sob os efeitos do Mirakuru. Como Sara foi morta também por flechas, seu subconsciente acabou ligando ambos os fatos.
Pois bem, com toda essa história do Roy, apesar de muito bem elaborada e bem envolvente, não vi muito uso de tudo isso para a série, Roy não matou Sara, não delira, não sofre mais influência do Mirakuru e o assassino continua desconhecido, nada diferente. Exatamente por isso fui obrigado a tirar outra conclusão do episódio pra não ficar na impressão de que tive uma perda de tempo e há quem diga que posso ser idiota ou até mesmo que estou indo fundo demais em algo que não existe.
A lição que tiro desse episódio é que, como já dito, um momento de meditação pode fazer toda a diferença em nossas vidas. Eu que estou começando com essa prática agora posso dizer que comecei a dar mais valor à partir de hoje e não apenas me referindo à meditação, qualquer momento de descanso à mente pode ser muito bem usufruído. Agora que acabei com minha filosofia moderna, posso finalmente encerrar a review da semana, que apesar de estar um pouco atrasada - como muitas vezes - espero que tenham gostado e agora ficamos esperando para saber quem é e para que veio a vilã apresentada no final e também aguardamos para saber a nova posição de Roy diante isso tudo, que ainda não temos.
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