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Primeiras Impressões | Review: Masters Of Sex - S01E01 "Pilot"
Primeiras Impressões | Review: Masters Of Sex - S01E01 "Pilot"
By João 9/18/2013 03:38:00 PM
Com um piloto arrojado, daquele tipo que tem 60 minutos e que passam voando, parecendo 20 minutos, Masters Of Sex estréia no canal Showtime com a dose certa de humor, ritmo e atuação.
O mais interessante no episódio, é o equilíbrio que o programa conseguiu manter, jogando bastante nudez na cara do telespectador, porém sem deixar algo apelativo, e que muitas pessoas considerariam até ofensivo.
A série contará a enrolada história real dos doutores William Masters e Virginia Johnson, que a partir de 1956 revolucionaram a história da medicina com o audacioso projeto de investigar o sexo.
Michael Sheen e Lizzy Caplan protagonizam a produção dando vida aos reais Masters e Johnson. A química entre os dois está perfeita, pelo menos nesse episódio, e a amizade dos dois parece estar sendo muito bem explorada e mostrada, tanto na personalidade da linda Gini (Virginia) quanto no sério dr. Masters.
O diferencial da série é proposto quando nos damos conta da época em que a série se passa e seu assunto, que simplesmente entram em divergência, quando percebemos que sexo era um tabu nos anos 50. O piloto, pelo menos, se centrou exatamente nisso: em como esses dois doutores iriam atrair pessoas para suas experiências que ao público, na época, pareciam uma coisa hedionda, um absurdo, uma calamidade, uma obra de dois pervertidos.
William Masters enfrenta a terrível dificuldade de ver seu mirabolante projeto de revolucionar a medicina indo por água abaixo quando é impedido pelo próprio hospital em que trabalha de realizar o estudo pelo simples fato de ser sobre sexo. A série tenta mostrar como ele, Masters, lutou muito para conseguir alcançar o nome que tem hoje, tendo até que realizar suas experiências escondido no hospital.
Uma luz aparece quando a linda assistente, Virginia Johnson, aparece e ele vê nela uma poderosa ferramenta persuasiva e que poderia atrair pessoas para seu experimento.
As coisas se complicam quando o “aprendiz” de Masters, Ethan Haas (interpretado por Nicholas D'Agosto) mostra-se extremamente interessado em Gini, e o relacionamento dos dois se mostra quase impossível devido ao cargo em que Gini foi elevada, de ser a assistente do provável maior Dr. Do Hospital e ainda por cima fazer isso escondido.
Essa divergência de relacionamentos tem uma cena que mostra bem o quanto Ethan está irritado com a situação já que uns minutos antes no episódio ele disse que amava Gini. Após muito esforço William conseguir a autorização do hospital de realizar seus experimentos, há uma festa em comemoração ao esforço, e Ethan bate em Gini durante uma discussão (extremamente bem atuada por parte de Lizzy Caplan) e a chama de puta por se prestas aos serviços mirabolantes de seu chefe.
A série mostra em vários momentos as mulheres sendo chamadas de putas por se prestarem àquilo, já que na época, nudez era uma coisa quase ofensiva, quem dirá fazer sexo sob aparelhos e sob os olhares de dois médicos num hospital?
O interessante de tudo isso, é o fato de Masters se mostrar totalmente fascinado pela parte científica do sexo e simplesmente não conseguir um bom relacionamento com sua mulher, Libby (interpretada por Caitlin FitzGerald).
O casal encontra-se em uma crise à parte, tentando ter filhos, sem sucesso, já que Libby não consegue engravidar. Há aqueles momentos de diálogo conjugal, discussão de relacionamento, e etc, onde Libby chora, e Masters bebe (nada que não tenhamos visto em outros filmes, ou séries);
Ao término, percebemos que Masters Of Sex tem potência, e não precisa sensacionalizar com nudez para isso. É claro que, tratando o assunto que trata, vamos ver vários peitos, e bundas, e até mesmo (arrisco dizer) as partes mais tabus ainda hoje, mas nada elevado ao contexto que normalmente é levado.
Aposto numa série bem gostosa de se assistir, e se seguir o ritmo do piloto será um ótimo entretenimento. No geral, o que mais me agradou foi mais a história do que normalmente me agrada mais: as atuações.
Não que tenham sido ruins, simplesmente não ultrapassou o nível em que eu esperava que estivessem. Michael Sheen foi muito bem, mas já vi atuações melhores dele (ele ainda vai nos mostrar bastante coisa nessa série, aposto).
Lizzy Caplan está linda como sempre, mas também não me surpreendeu. A cena da discussão em que ela atua ao lado de Nicholas D'Agosto foi a que mais me chamou atenção. Ela foi muito bem, e Nicholas também.
O restante coadjuvante foi muito bem pra mim, como Heléne Yorke em suas cenas trevidas de prostituta, Teddy Sears com suas poucas falas e expressões, e Caitlin FitzGerald no seu choro de mulher desesperada ao lado de Michael Sheen. Nada ruim, mas nada espetacular também.
Piloto mais que recomendado, vamos aguardar mais episódios para ver se a qualidade continua.
Nota: 8/10
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nanomag
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