Crítica: Thor: O Mundo Sombrio

Thor: O Mundo Sombrio é o segundo filme da segunda fase da Marvel que inclui Homem de Ferro 3, e posso dizer que é o melhor. A trama é a mais episódica da série até o momento. Trabalha diversos pontos de vários filmes do estúdio, sem se perder do seu objetivo principal que é a historia do “deus” do trovão.

Alan Taylor trás a Asgard mais humanidade e a deixa tão palpável quanto bonita, como a vista no primeiro filme. O lugar aqui é mais que um palácio reluzente e vemos mais da cidade em si e toda sua população. O Diretor não só tornou o lugar mais real como também seus habitantes, a todo um sentimento de perigo real e existem motivos pare que acreditemos que esse perigo existe. A também uma troca de magia por tecnologia, enquanto no primeiro filme Thor e seus companheiros corriam pela cidade em cavalos de 6 pernas, aqui eles utilizam veiculos bem "alternativos" ao que existem na terra. Isso tudo influência nos próprios personagens.

A estória não é perfeita, muita coisa no filme ocorre pela mágica coincidência que o cinema pode fazer. Muita gente não vai achar isso um defeito, mas pode incomodar quem espera que o filme seja tão sombrio quanto o título sugere. O maior problema é seu vilão, Malekith, e seu exercito que tinha tudo para ser a principal diferença desse filme para os outros do estúdio e terminou se tornando mais do mesmo que já vimos (em vingadores principalmente). Para falar a verdade, foi o pior que já apareceu em qualquer um dos filme.

Malekith é um vazio que pode parecer bastante com um certo vilão de outro filme de super heróis desse ano, um certo homem de aço... só que ainda mais vazio. Seus capangas de máscaras poderiam ter simplesmente errado o set de Power Rangers e caído no de Thor que eu acreditaria ser verdade. O assistente do vilão, Kurse, é o único que pode ser levado a sério, ainda que mal desenvolvido. Resumindo: eles vão parecer mais perigosos quando NÃO estão em cena.

O elenco, que tem alguns atores de peso, me decepcionou com atuações medíocres. Para criar uma subtrama divertidamente forçada ele levou Hopkins a seu pior papel como um arrogante e exagerado Odin. Portman também se mostra bem abaixo da media com uma atuação bêbada que consegue ser quase tão ruim quanto a da Kat Dannings, que na verdade nem atua mal, simplesmente tem um papel puramente comedico, já Portman não tem essa desculpa. Chris Hemsworth dessa vez consegue ter um espaço para mostrar o porque de Thor ser o nome do filme, ainda assim não tem nada de mais em sua atuação. Para varia Tom Hiddleston rouba muitas partes do filme para si mesmo, o ator se sai tão bem como o deus da trapaça, que da a impressão que o único ator a competir com ele, é ele mesmo!

De Kenneth Branagh consigo ter saudades dos ângulos holandeses, que davam um visual totalmente incrível para o filme, mas acho que foi uma perda pequena perto dos ganhos. E um dos maiores foi a trilha sonora. A trilha desse filme é a mais "épica" já usada num dos filmes da Marvel, não é memorável quanto a de Vingadores, mas me impressionei com a qualidade. Minha conclusão? O Filme é extremamente divertido, inteligente e tem um Cliffhanger fantástico, só se perde na sua tentativa de ser apenas um filme e acaba se tornando um episódio de uma série. Coisa que só se confirma quando vemos que o filme tem DUAS cenas pós créditos! O que deveria ser o final do filme e que conclui uma trama trabalhada desde o primeiro filme, é a segunda delas.