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Resenha | 1984

Título: 1984
Título Original: Nineteen Eighty-four
Autor(a): George Orwell
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 416
Sinopse: Mil novecentos e oitenta e quatro oferece hoje uma descrição quase realista do vastíssimo sistema de fiscalização em que passaram a assentar as democracias capitalistas. A electrónica permite, pela primeira vez na história da humanidade, reunir nos mesmos instrumentos e nos mesmos gestos o trabalho e a fiscalização exercida sobre o trabalhador. O Big Brother já não é uma figura de estilo – converteu-se numa vulgaridade quotidiana.


Na trama, temos três continentes que são autossuficientes e que vivem em guerra entre si: Oceania, Eurásia e Lestásia. A história se passa no ano de 1984, em um futuro (sim, como o autor terminou de escrever o livro em 1948, 1984 ainda era futuro) onde tudo e todos são controlados pelo Grande Irmão. É nesse cenário que conhecemos Winston, que mora na Oceania (que é controlada pelo Partido), e trabalha no Ministério da Verdade, onde sua função é mudar a história de acordo com a vontade do Grande Irmão. Por exemplo, digamos que a Oceania, que estava em guerra com a Eurásia, passe a guerrear com a Lestásia. O trabalho de Winston e de todos que trabalham no Ministério da Verdade seria mudar todos os registros que dizem que a Oceania estava em guerra com a Eurásia.

Tudo isso é ditado pelo Grande Irmão, que a todos vê. Todos são vigiados constantemente e não têm privacidade. Caso alguém faça algo que desrespeite o Grande Irmão, é apagado dos registros e “deixa de existir”. Além de todo esse controle, as pessoas são proibidas de se relacionarem amorosamente com outras. Desculpem-me se essa minha explicação ficou confusa, mas isso é o básico mesmo. Só lendo que você consegue captar os aspectos dessa sociedade e a grandiosidade dessa obra.

Apesar de ser um clássico, 1984 não tem uma linguagem muito complicada. Na história, existe a Novafala, o idioma criado pelo governo, mas ele não dificulta a leitura. A narrativa do autor, sim, é um pouco arrastada e densa em alguns pontos, tornando a leitura um pouco cansativa. Por exemplo, em certo ponto da história, nós lemos um livro que o protagonista está lendo, que explica como a sociedade criada por Orwell funciona. Apesar de ser interessante ler e entender a sociedade na qual a história se passa, alguns trechos foram chatinhos de ler.

Mas esses são só alguns detalhes, o livro é ótimo. Além de toda essa crítica que nos faz pensar na nossa sociedade atual, a história em si é muito boa. Durante boa parte do livro, não tem como ter noção do rumo que a história está tomando. Ao seu decorrer, vai ficando mais óbvio para onde que o autor a está levando, tanto que o final foi um pouco previsível - mas só até certo ponto. Mesmo assim, a história me surpreendeu bastante.

Parece que, por mais que eu fale, eu não farei jus à obra. Apesar de alguns pequenos detalhes, recomendo demais esse livro. É um “must-read”, principalmente para os que gostam de distopias, e para os que só leram essas distopias lançadas atualmente. (Não estou querendo desmerecê-las, inclusive, já li e gosto de várias.)
  



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nanomag

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