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Review | Doctor Who - Robot of Sherwood (S08E03)

Sinopse:
Na floresta de Sherwood, o Doutor descobre um plano maligno vindo de além das estrelas. Com o destino de Nottingham e talvez Derby em jogo, não há tempo para entrar em discussão sobre o que é real e o que não é… será que heróis impossíveis podem existir?

A oitava temporada de Doctor Who continua a se concentrar na natureza do Time Lord, colocando-o para se questionar sobre quem ele é. E se o episódio anterior era sobre ser um bom homem, Robot of Sherwood foi sobre ser um herói.

Trazer Robin Hood pra isso foi brilhante, uma vez que é tratado durante todo o episódio a ideia de um herói impossível, sendo ele próprio um mito que regularmente é misturado com a realidade; criando assim o paralelo com a imagem do Doctor na série, que muitas vezes é visto da mesma forma.
Aliás, tem sido uma boa sacada isso de projetar o conceito de um personagem no 12th, ajudando no seu desenvolvimento e nessa "busca" de auto-conhecimento. Até agora já tivemos:

  • Uma "criatura" que trocou de partes tantas vezes que já não se reconhece mais;
  • Um Dalek bom,
  • E agora um herói que virou lenda. 
Todos um reflexo do que o Time Lord é, sempre fazendo com que o "caso da semana" volte para ele. Algo que só tem acrescentado na narrativa.
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Mas voltando ao episódio...

Como dito antes, o plot trata a ideia do herói impossível, e o Doctor passa a história inteira relutante em aceitar a existência de Robin Hood, além rebater a crença que ele mesmo é um herói.

Essa negação é o que movimenta o episódio, e o que deixa a coisa toda divertida, já que, empenhado em provar a farsa de "Hoddie", ele cria uma competição entre os dois a toda hora. 
Sua interação com Robin é o ponto forte aqui, se saindo melhor que a trama principal, e a química entre os atores é tão boa, que nos faz querer que o personagem de Tom Riley fosse algo permanente na série. A cena em que o Doctor, Clara e Robin estão presos nas masmorras é o maior destaque do episódio. E pra quem reclamava que o 12th não era divertido, Robot of Sherwood também mostrou o contrário. 

Clara também tem seu momento, mais uma vez colocando em prática suas habilidades de interrogadora, usando o ego do vilão contra ele. Seus ataques de fangirl pra cima de Robin Hood também são engraçados de se ver, além da forma como ela age quando ele e o Doctor estão brigando, sendo a madura do trio.  

Missy não deu as caras dessa vez, mas a essência da personagem ainda estava presente de certa forma, pois ao se deparar com a nave do vilão, o Doctor descobre que o destino deles é tal "Promise Land". O que me pareceu um tanto sem nexo; Afinal, porque robôs iriam querer ir para o paraíso? O droide de Deep Breath até fazia sentido, uma vez que esse era um desejo humano que ele tinha adquirido durante o tempo, mas e esses? Pode ser algo bem bobo, só que me incomodou. A não ser que seja algo que fará sentido mais tarde, vai saber...

Ainda nessa nave, temos um momento que não pode deixar de ser mencionado. Quando o Doctor está mostrando os registros da lenda do Robin Hood, temos um pequena referência a Patrick Troughton, o 2nd, que antes de estrelar Doctor Who, havia interpretado o arqueiro em uma série de Tv. Algo que pra muitos deve soar insignificante, mas para outros uma bela homenagem. 
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As coisas boas, no entanto, não diminuem as ruins, e alguns momentos deixam bastante a desejar, com cenas bem cliches. A história também não consegue manter um equilíbrio, e se as partes engraçadas são muito boas, as partes mais "sérias" são muito chatas, quebrando o ritmo da coisa toda. 
A conclusão também segue esse caminho, quero dizer, o quão conveniente foi o lance da flecha de ouro? Foi uma das resoluções mais ridículas da série! Mas ao menos os diálogos finais compensam isso.

A começar pela despedida de Robin Hood e Clara, e na forma que ela o convence a continuar lutando para ser o herói que ela sabe que ele é. 

E logo em seguida a despedida dele e do Doctor. Aqui as semelhanças entre os dois ficam ainda mais evidente, e Robin destaca que embora ambos não sejam heróis, suas lendas farão que outros sejam em seus nomes. O que, de fato, é o que acontece com todas as companions. O Doctor não é um herói, ele já perdeu tantas pessoas que não consegue se ver como um, mas mesmo assim essa é a imagem que ele passa pra quem o acompanha. Foi isso que fez Clara se jogar em sua time stream, foi isso que fez ela conseguir um novo ciclo de regenerações pra ele. Ela o vê como um herói, quando na verdade ela que se tornou uma. Assim como Martha, Donna, Sarah Jane, Amy... Enfim.

É correto dizer que esse é o melhor roteiro de Marks Gatiss, e quando você para pra pensar que esse episódio veio da pessoa que escreveu algo como "The Crimson Horror" é notável o avanço. Talvez ele finalmente tenha encontrado o jeito para escrever Doctor Who, ou talvez seja pelo alivio que a história trouxe depois de dois episódio com assuntos "carregados", mas pelo menos funcionou. 
De qualquer forma parece que esse calmaria já acaba aqui.



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