Título Original: Grasshopper Jungle
Autor(a): Andrew Smith
Editora: Intrínseca
Ano: 2015
Páginas: 352
Sinopse: Na pequena cidade de Ealing, Iowa, Austin e seu melhor amigo, Robby, libertam acidentalmente um exército incontrolável. São louva-a-deus de um metro e oitenta de altura, completamente tarados e famintos. Essa é a verdade. Essa é a história. É o fim do mundo e ninguém sabe o que fazer. Com todos os elementos obrigatórios de um romance apocalíptico, Selva de gafanhotos mistura insetos gigantes, um cientista louco, um fabuloso bunker subterrâneo, um mal resolvido triângulo amoroso-sexual e muita, muita confusão, e está longe de tratar apenas do fim do mundo.
Selva de Gafanhotos é um livro bastante incomum e surreal. Andrew Smith te leva para o que aparenta ser um Young adult contemporâneo, mas não é bem assim. Ao longo da leitura, você se depara com alguns elementos muito bizarros e só tem que aceitá-los.
O que começa sendo um livro sobre dois adolescentes vivendo suas vidas normais e se descobrindo como pessoas, acaba se tornando uma história apocalíptica com insetos gigantes e assassinos. O leitor tem que pegar o livro e iniciar a leitura com a cabeça aberta. Mas o autor faz um bom trabalho em nos guiar pela narrativa, de forma que você compreende as bizarrices tranquilamente.
Apesar de tudo isso, o livro não deixa de ser um ótimo Young adult. Ele relata vários fatos da adolescência, principalmente dos garotos, já que os protagonistas são meninos, da forma como elas realmente são. O autor conseguiu retratar tudo isso sem rodeios, sem querer deixar as coisas mais “fofas” do que são na realidade. Esse foi um dos fatores que me fizeram gostar da obra. É meio difícil você ler e não se identificar com pelo menos um aspecto do que é mostrado.
A escrita do autor é um dos pontos altos da obra. A história é contada de forma rápida e direta, o que torna a leitura rápida e bastante fluida. Ele também brinca com as palavras para demonstrar o que os personagens estão sentindo e pelo que eles estão passando. Isso é incrível. Pode ser um pouco estranho no começo, mas é só questão de se acostumar. Isso torna o livro bastante “quotável”. Certas frases escritas ali são geniais.
Uma leitura diferente, mas mais do que recomendada. Além de uma boa história, apesar de bizarra e surreal, o livro passa uma mensagem interessante e te faz pensar sobre algumas coisas. Vale a pena inseri-lo na lista de leituras.
PS: A edição da Intrínseca está caprichadíssima! O trabalho gráfico realizado está demais. Eles mantiveram as laterais amarelas das edições americanas!
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