Resolvendo todas as pontas deixadas soltas no segundo ato das adaptações do livro de J. R. R. Tolkien. A tal falada Batalha dos Cinco Exércitos se inicia após os anões se negarem a cumprir o acordo de dar ouro para os moradores da cidade do lago, agora destruída e comandada por Bard (Luke Evans), e sofrerem retaliação dos elfos, comandados por Thranduil (Lee Pace). Tudo piora quando Azog (Manu Bennet) aparece para guerrear com seu grupo de orcs, com a missão de conquistar a montanha solitária, lugar estratégico para Sauron.
O filme finalmente da mais foco a Bilbo (Martin Freeman) e tudo pelo que passou na grande jornada, sendo que o roteiro arruma tempo para desenvolver Thorin, tomado pela "doença de dragão" que o torna incansavelmente atraído pelo ouro de Erebor. Richard Armitage ganha material para trabalhar e concede uma profundidade ao anão como pouco se viu na série, com diversos personagens bidimensionais. Porém fora o rei-anão e Bilbo, poucos personagens acabam com um bom desenvolvimento.
Howard Shore retorna para orquestrar a épica trilha sonora (ele apenas compôs para o segundo filme). Dessa vez menos repetitiva que a do primeiro filme e mais agradável que a do segundo. A fotografia
de Andrew Lesnie decide ser mais segura que a do segundo filme, a mais autoral dos seis, e vai em direção ao estilo de senhor dos anéis. Os efeitos especiais da Weta continuam tão bons quanto sempre o que faz com que nada se destaque. Alguns momentos ainda parecem uma cutscene de jogos, todavia é um dos castigos que se tem pelo uso extremos de efeitos ao invés de próteses, miniaturas e etc... Felizmente (ou não) o filme revisitou Azog e Bolg (Lawrence Makoare) que parecem muito mais reais que nos primeiro filmes e fez o dragão mais real (e dramático) que poderia.
Escrever sobre a terceira parte da série o Hobbit é extremamente complicado. Sería fácil começar mais uma vez reclamando da divisão do livro em três filmes, que meu lado fã seria hipócrita em concordar, talvez o mais certo a se falar da conclusão dessa saga é que conseguiu terminar com dignidade. Claramente a decisão de fazer um final mais dinâmico e direto veio das diversas reclamações do longo final de Senhor dos Anéis, e é uma pena que logo agora Jackson, Fran Walsh, e Philippa Boyens tenham decidido dar ouvido aos fãs. Dessa vez com um tempo ligeiramente menor (144 minutos) e mesmo com o "batalha" no seu nome, consegue ser mais contemplativo que os seus antecessores. Não que a grande batalha dos cinco exércitos não ocupe uma enorme parte da projeção, mas pela primeiras vez, com noção que não adianta mais enrolar, o filme cumpre seus objetivos. 














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