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Crítica | A Teoria de Tudo

Uma verdadeira lição sobre conhecimento.



Escrever sobre este filme é como fazer uma prova de humanas e ao mesmo tempo de exatas. Se por um lado devemos analisar a teoria desenvolvida pelo famoso cientista Stephen Hawking, por outro devemos fazer uma análise também de sua vida. O filme, explorando incrivelmente esses dois lados, faz um breve resumo sobre a vida do cientista, aprofundando em sua vida pessoal.

Hawking (Eddie Redmayne) é como qualquer outro aluno de sua universidade. Porém é um garoto bastante curioso, o que lhe favorece em suas teorias e principalmente no seu rendimento
universitário. Querido por boa parte dos professores, Stephen possui uma filosofia de vida que consiste em compreender o que é esse mundo que nos cerca. Qual é a nossa origem? Mas afinal, como surgiu o universo? Essas são as perguntas fundamentais que fazem Stephen se dedicar constantemente aos seus estudos sobre física teórica.

Em meio à esses estudos, surge na vida de Stephen a estudante de artes Jane (Felicity Jones). Como pode ser observado, os dois possuem áreas de estudo completamente diferentes, o que faz com que cada um dos dois sinta-se "completado". É brilhante ver como o desenvolvimento do casal se dá, no começo por uma bela história de amor, e no final uma trama que se torna até trágica. Até que ponto Jane consegue aguentar tamanho sofrimento, se a moça estava desejando apenas formar uma família perfeita com seu marido? 

Essa dúvida passa a ser constante a partir do momento em que Stephen se revela portador de uma doença causada pela degeneração dos neurônios motores, a chamada Esclerose Lateral Amiotrófica. A doença consiste basicamente na perda de movimentos musculares, e o resultado disso para Stephen é uma vida sem poder causar qualquer tipo de movimento. E é isso que talvez possa impedir Jane e Stephen de continuarem juntos pelo resto de suas vidas. 

Essa relação se torna bela o bastante para ser observada no filme devido às brilhantes atuações de Eddie Redmayne e Felicity Jones. O ator que trabalhou recentemente em Os Miseráveis agora se mostrou bastante evoluído em relação à seus trabalhos anteriores, nos entregando uma atuação fenomenal e merecedora de grandes elogios. Mostrar as emoções e sentimentos de um cientista que está em um estado trágico parece uma tarefa difícil, mas Redmayne soube muito bem aproveitar isso e o resultado é uma atuação capaz de emocionar qualquer tipo de pessoa. Felicity Jones também dispensa comentários, mostrando a luta da esposa para conseguir salvar seu marido da terrível doença. Merece destaque também a fotografia que, muito bem colocada em cena, remete aos traços da década de 60 de forma bela. 

A direção de James Marsh também é bem vinda e inserida de uma forma que não se torna cansativa, deixando o filme ainda mais completo. Outro aspecto que faz do filme grandioso é a sua trilha sonora, que é colocada no momento certo para que as emoções transmitidas no filme causem efeito. 

A Teoria de Tudo é um filme que representa muito bem a obra de um dos maiores cientistas do nosso tempo. Com uma mensagem bastante atual, o filme procura evitar qualquer tipo de discussão que possa se tornar ofensiva para o lado amoroso, religioso, ou até mesmo científico. Uma obra leve, recheada de mensagens sobre a enorme luta em busca do conhecimento ser válida ou não. 







nanomag

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