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Crítica | Transformers: A Era da Extinção


Quando foi anunciado que a, já naquela época, triste e degradante franquia “Transformers” iria ter um quarto capítulo, reformulando a história em spin-off, como já de hábito, o público detestou a ideia. Mas como previsões tendem a não se concretizarem, decidi ir de coração aberto assistir ao filme.
Mas o tão temido acontecimento se realizou: A produção conseguiu se superar em sua falta de qualidade e estrutura, e teve o índice de futilidade e besteirol mais alto até aqui. Em seu quarto filme, Transformers se perde no que o diretor Michael Bay achou que seria ótimo: muito barulho e cenas “alucinantes”.
O problema é que essas duas características só sustentaram o filme por trinta minutos, e o deixam penando por atenção durante mais duas horas.

Se você acha os outros filmes da franquia Transformers com um alto índice de cenas de ação, antes de esquecê-los, pegue a quantidade de pancadaria, barulho e destruição que há neles, e multiplique por cem. O resultado é o que você vê em “A Era da Extinção”.
A incessante e extremamente cansativa decorrência de acontecimentos parece ser sempre a mesma, e a história central, que se fosse bem explorada daria certo, é deixada de lado e o diretor resolve focar na pancadaria, que provavelmente irá agradar a grande massa, mas deixará o vazio de uma boa história, que não aconteceu. É um filme de ação, mas se arrasta como um que não acontece nada.

E devo dizer que nunca fui de detestar a direção de Michael Bay. Sempre achei que combinou com o tipo de filme que ele dirige. Filmes de ação como Transformers tendem a ter uma direção mais dinâmica, mas neste filme, em particular, Bay se mostrou abaixo do esperado. E vejam bem, duvido que alguém esperava uma direção boa.
Os cortes parecem feitos às pressas, a trilha sonora só aparece em momentos picados, sem ter muita precisão (além de não ser tão boa, quanto já foi), e as cenas se dividem entre maiores e menores do que deveriam. A fotografia mostra-se sem nenhum avanço, continuando na linha dos anteriores.

Agregando ainda mais fatores não bem-vindos do filme, os novos personagem não possuem um pingo de carisma. A que chega mais perto disso é Nicola Peltz, interpretando Tessa, que rouba o filme com a sua beleza, e até um certo avanço em sua atuação (ao contrário de sua performance como Bradley na série de tv Bates Motel). A personagem é a batida “donzela em perigo”, e a interlocutora da maior falha da franquia, que a segue desde seus primórdios: a exaustiva decisão dos roteiristas de sempre tentarem colocar uma sub-história dedicada aos personagens. Nesse filme foi a pior possível.
O trio de principais se resumem a Pai, Filha e Namorado da Filha, que juntos compõem aquela já conhecida história do pai ciumento e super-protetor, que tem de ceder ao namorado playboy da filha, que ele tanto detesta, para ajudá-lo a resgatá-la. E isso é conduzido de forma irritante durante o filme inteiro, assim como ele é, ao todo.

Mas importante ressaltar que Transformers é muito bom tecnicamente. Os efeitos estão ótimos e convincentes, e a física do filme continua muito boa. Poucas coisas nos robôs me incomodaram. Suas transformações são bem feitas, assim como seus movimentos, e eles funcionam muito bem em cena. Talvez suas vozes, humanas demais para robôs feitos de metal, e vindos de outro planeta, necessitassem de uma formulação melhor, mas nada que incomode profundamente.
Finalmente, o quarto capítulo da franquia se mostra fraco perante a expectativa, e sob o peso do que poderia ter sido. Talvez se o filme tivesse uma hora a menos funcionasse melhor.



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nanomag

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