
Crítica | Penny Dreadful - 1ª Temporada
By João 7/09/2014 09:43:00 PM crítica , Penny Dreadful , Séries , Vários
No século 19, foram escritas algumas das maiores historias de horror já contadas, histórias como: Dr. Frankenstein, Dorian Gray, Dracula e Jack, o Estripador. Muitos as consideram obras de ficção, mas, os criadores de Penny Dreadful (e amantes de clássicos como eu) sabemos que são mais do que isso. Penny Dreadful nos leva a um mergulho nas ruas escuras e macabras da Londres vitoriana.
Com uma direção específica para o gênero amargo e horroroso que a série trouxe, uma fotografia envolvente e sombria, e atuações merecedora de próximos Emmys, a produção da Showtime arrebenta e nos proporciona uma das melhores temporadas do ano.
Os eventos iniciais da série ocorrem bem na época do Jack, o Estripador. Uma mulher e sua filha são abduzidas e, mais tarde, encontradas em pedaços. As suspeitas recaem sobre o temido maníaco. No entanto, logo percebemos que há coisas muito mais aterrorizantes rondando as ruas da capital inglesa. Mr. Malcolm, o explorador em busca da filha desaparecida, faz parte da alta sociedade londrina. Não sabemos muita coisa a seu respeito, só que costumava fazer expedições pela África.
Ao seu lado está a misteriosa Vanessa Ives, sensitiva, um canal de comunicação com o além. Até agora, tudo o que sei é que ela incorpora uns espíritos malignos e que as forças do mal têm um grande interesse nela. Tem a ver com mitologia egípcia! Boa coisa não deve vir daí...
Eva Green, no papel de Ives, conquista seu lugar com a melhor atuação do grupo. Há incríveis cenas de possessão, demência, sexo... quase todas protagonizadas por ela. A atriz encarna a personagem, e dá vida a uma demência especial na televisão.
Do grupo de Malcolm também faz parte Ethan Chandler, americano que fugiu de sua terra natal por motivos ainda não muito claros. Embora faça de tudo para manter sua pose de durão, tem coração de manteiga e é muito romântico. Mais pra frente ele prova que suas origem vão além do que ele mostra.
Por fim, temos Victor Frankenstein, aquele que dá vida a uma criatura feita de pedaços humanos. Acaba se juntando ao grupo por necessidade financeira e também por vislumbrar a possibilidade de avançar em suas pesquisas. Aliás, uma das cenas mais bonitas da série até agora foi a do "filho" de Frankenstein ganhando vida. Triste mesmo foi conhecer sua primeira criação... (que tem uma vibe meio “O fantasma da ópera”), porém a mais fiel ao conto original. A atuação da dupla é espetacular, e resulta em cenas dignas.
A cada episódio, mais personagens intrigantes entram em cena e ficamos conhecendo outros detalhes da vida dos personagens principais. Um exemplo disso é Dorian Gray, um jovem sedutor, intrigante e com sérios problemas em seu jeito particular de conquistar seus companheiro de cama.
Por hora a série está me agradando bastante. Os personagens são carismáticos o suficiente para manter a curiosidade sobre suas histórias pessoais. O visual do programa está ótimo: Cenários macabros e escuros na medida, sem aquele breu exagerado que às vezes nos impede de enxergar as cenas. O luxo da elite londrina contrasta perfeitamente com o submundo sujo e nojento do restante da cidade. E os efeitos especiais convencem e assustam.

nanomag
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